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AÇÃO HUMANA

Tubarões-baleia são ameaçados de extinção por colisões contra navios

13 de maio de 2022
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Biólogos marinhos constataram que a navegação representa uma ameaça significativa cada vez maior para os tubarões-baleia, espécie ameaçada de extinção. Os pesquidadores descobriram que um grande número desses animais acabam colididindo com navios e morrendo devido aos ferimentos.

A população, que é a maior espécie de peixe existente, vem diminuindo consideravelmente nos últimos anos e, até entrão, os estudiosos não conseguiam afirmar o porquê. Contudo, recentemente, cientistas da Marine Biological Association (MBA) e da Universidade de Southampton (EUA) lideraram um estudo que indica que colisões letais de tubarões-baleia com grandes navios são “bastante subestimadas” e podem ser a razão pela qual a espécie está ameaçada de extinção.

Pesquisadores de 50 institutos e universidades internacionais rastrearam os movimentos de tubarões e navios em todo o mundo para identificar áreas de risco e possíveis colisões. A equipe mapeou os ‘hotspots’ da espécie que se sobrepunham às rotas de navios de carga, passageiros, pesca e petroleiros e identificaram que mais de 90% dos indivíduos ficavam em áreas de atividade intensa de transporte.

O estudo também mostrou que as transmissões das tags colocadas nos animais estavam sendo interrompidas com mais frequência do que o esperado em rotas movimentadas, mesmo depois de descartadas as falhas técnicas. A equipe concluiu que a perda de contato com os rastreadores estava relacionada com tubarões-baleia que foram atingidos, mortos e afundaram no oceano. Os dados mostravam os animais se movendo para as rotas de navegação e depois descendo lentamente a centenas de metros abaixo até a conexão ser cortada.

Os tubarões-baleia são peixes gigantes que se alimentam de animais microscópicos chamados zooplânctons. Eles geralmente medem de 6 a 16 metros, mas podem chegar a ter 20 metros de comprimento. A espécie desempenha um papel importante na cadeia alimentar, ajudando a regular os níveis de plâncton do oceano.

Atualmente, não existem regulamentos internacionais para proteger a espécie da colisões com navios. Os cientistas esperam que suas descobertas possam estimular medidas de proteção que evitem a extinção da espécie. Os resultados do estudo foram publicados na revista PNAS.

Fonte: Revista Casa e Jardim

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