Em um marco significativo para os direitos animais, a Holanda anunciou que vai proibir a morte de pintinhos machos de raças poedeiras até 2026, seguindo os passos de países como Alemanha e França, que já aboliram a prática em 2022. A medida, resultado de um esforço conjunto entre o Ministério da Agricultura e a Sociedade Holandesa de Proteção aos Animais (De Dierenbescherming), visa acabar com uma prática considerada cruel e desnecessária, que resulta na morte de milhões de animais recém-nascidos todos os anos.

Atualmente, pintinhos machos de raças poedeiras são mortos logo após o nascimento, já que não são considerados economicamente viáveis — não produzem ovos e não são adequados para a produção de carne. No entanto, com a nova política, a Holanda está dando um passo importante para garantir que esses animais tenham uma chance de vida.

Em uma carta enviada ao parlamento holandês, a ministra da Agricultura, Femke Marije Wiersma, destacou que a indústria já está tecnicamente preparada para a transição.

A medida se aplicará inicialmente aos ovos vendidos nos mercados holandês e alemão, principal destino das exportações de ovos da Holanda. Ainda não está claro se a proibição se estenderá a outros mercados para os quais o país exporta. Estima-se que, com a mudança, entre 6 e 7 milhões de pintinhos machos deixarão de ser mortos anualmente.

A esperança é que a iniciativa inspire outros países a repensarem suas práticas e adotarem medidas semelhantes, promovendo uma mudança global.

No Brasil, a organização Animal Equality têm dois projetos de lei em tramitação para proibir o descarte de pintinhos machos: PL 410/23 e PL 783/24. O segundo já foi aprovado pela Comissão do Meio Ambiente e Sustentabilidade.

Para ajudar a banir a trituração de pintinhos machos no Brasil, assine a petição do Animal Equality e mostre que a sociedade está mobilizada contra essa prática.