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Trinta e duas tartarugas marinhas retornam ao Golfo do México

25 de outubro de 2010
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Uma frota de seis barcos partiu do laboratório estadual marinho da Louisiana, em Grand Isle, e rumou 50 milhas ao sul, oceano adentro, com uma carga preciosa: 32 tartarugas marinhas ameaçadas de extinção que haviam sido retiradas das águas oleosas do Golfo do México neste verão.

O sucesso da operação, que aconteceu na quinta-feira (21), sinaliza um marco na recuperação do ecossistema da região depois dos 205 milhões de galões de petróleo que vazaram de um poço profundo da petroleira BP no Golfo do México, dia 20 de abril, e uma referência no esforço pela reabilitação da vida selvagem da região.

Seis meses desde o pior vazamento de petróleo na história, que começou com a explosão da plataforma de perfuração em águas profundas Horizon, os cientistas que vêm trabalhando na linha de frente afirmam ter começado a reabilitação ambiental do Golfo, mas o processo vai levar o tempo da própria natureza. No início da semana, foram realizados testes extensivos, aéreos e a bordo, para assegurar a qualidade da água na região em que as tartarugas foram soltas.

As tartarugas, encontradas há mais de três meses, passaram por um processo de reabilitação no Audubon Nature Institute, em Nova Orleans – junto a outras que ainda estão em reabilitação. O Audubon gastou mais de US$ 750 mil dólares para abrigar, alimentar e cuidar de cerca de 200 tartarugas jovens. Um veterinário estima que o custo chega a US$ 50.000 por tartaruga.

No Alabama, os moradores chegaram a utilizar lanternas para vigílias noturnas, esperando as tartarugas marinhas aparecerem na areia para depositar seus ovos. Cerca de 278 ninhos de tartarugas foram transportados em vans climatizadas para o Centro Espacial Kennedy, na costa atlântica da Flórida, onde os ovos chocaram. Em toda a costa, centenas de tartarugas raras da água poluída e milhares de ovos das praias sujas foram resgatados nos últimos meses.

Fonte: Estadão

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