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GRANDE RETROCESSO

Tribunal dos EUA decide que elefantes não são gente e, portanto, não podem ter habeas corpus concedido

26 de janeiro de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Uma tentativa de retirar cinco elefantes de um zoológico nos Estados Unidos fracassou após a Justiça determinar que os animais não são pessoas, e, portanto, as leis que regulam prisões ilícitas não se aplicam a eles.

Ativistas em defesa dos direitos animais, representando os elefantes africanos Missy, Kimba, Lucky, LouLou e Jambo, tentaram libertá-los pela via judicial do zoológico Cheyenne Mountain Zoo, no Colorado. A organização Nonhuman Rights Project argumentou que essas criaturas deveriam ser transferidas para um santuário de elefantes.

Contudo, a Suprema Corte do Colorado decidiu na terça-feira (21) que apenas pessoas estão protegidas pelas leis de habeas corpus.

“O status de habeas no Colorado só se aplica a pessoas, e não a animais não humanos, independentemente de quão sofisticados possam ser em termos cognitivos, psicológicos ou sociais”, afirmou o painel de juízes.

“Vale destacar que a questão legal limitada diante deste tribunal não diz respeito à nossa apreciação por esses majestosos animais em geral, ou em relação a esses cinco elefantes especificamente.”

“Em vez disso, a questão legal aqui se resume a saber se um elefante é uma pessoa e, como um elefante não é uma pessoa, os elefantes aqui não têm direito de apresentar um pedido de habeas corpus”, diz a decisão.

Os esforços dos ativistas também fracassaram em um caso anterior envolvendo um elefante chamado Happy, mantido em um zoológico de Nova York. Na ocasião, outro tribunal também decidiu que esses quadrúpedes não são humanos.

Fonte: G1

Nota da Redação: a Suprema Corte do Colorado decidiu que os elefantes não têm direito ao habeas corpus porque não são “pessoas”. Essa interpretação, fria e limitada, ignora completamente a senciência e a complexidade emocional desses seres. Missy, Kimba, Lucky, LouLou e Jambo, os cinco elefantes em questão, continuam presos em um zoológico, mesmo com provas de que sua libertação para um santuário seria o mínimo que mostram como seres sencientes.

Reduzir esses animais majestosos a objetos legais sem direitos é uma forma de perpetuar a exploração. Os elefantes formam laços familiares, têm memória avançada e dificuldades enormemente em cativeiro. Decisões como essa refletem uma visão arcaica que ignora a evolução do entendimento sobre a senciência animal.

Eles não precisam ser “humanos” para merecer liberdade. Precisamos dos tribunais que reconheçam que o direito à vida digna não deve se limitar à nossa espécie.

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