Três servidores do Centro de Controle de Zoonoses foram intimados pelo Setor de Proteção aos Animais e Meio Ambiente da Polícia Civil para investigar a suposta irregularidade no sacrifício de um pit bull.
Na próxima semana, a delegada Rosana Mortari deve ouvir os servidores que vão compor o inquérito policial do assassinato do cão na CCZ, que vai verificar as causas que impossibilitaram a doação para outros tutores e se a ação repetiu com outros animais.
Segundo a delegada, o pit bull foi levado para o Centro após o tutor ser mordido e acionado o Corpo de Bombeiros. O animal teria ficado agressivo com o som dos fogos de artifícios no início do ano. Depois o tutor não resgatou dentro do prazo de observação (10 dias) para verificar reações como a manifestação de doenças como a raiva, mas conseguiu uma pessoa para ficar com o cão, que e foi até ao órgão público.
De acordo a Vigilância, a recomendação para essa possível adoção foi que o animal apresentava risco. “A senhora obteve a resposta de que até o próprio tutor preferiu não ficar com o cão e pelas condições de agressividade que o cachorro apresentava e que não poderia transferir a responsabilidade para outra pessoa”, afirma o coordenador da CCZ, Douglas Presotto.
De acordo com a Vigilância, o cão foi classificado como irascível, quando fica restrito para doação de adestradores, que sabem lidar com esse tipo de animal, nessa situação o Centro reúne 30 cães. Após dar entrada na Zoonoses, o cão teria parado de comer, de tomar água e também não deixava o cuidador entrar no canil para fazer a limpeza do local.
No relatório apresentado na polícia aponta que a eutanásia foi feita antes do prazo de 90 dias após o recolhimento. Sobre a legislação estadual que prevê que mesmo com registro histórico de mordedura injustificada e comprovada por laudo médico o animal saudável poderá ser sacrificado após o período determinado, o coordenador do órgão disse que “o animal estava doente, que o procedimento foi feito de acordo com a responsabilidade e avaliação da saúde comprometida do pit bull”. Para a delegada, “o órgão municipal é obrigado a entregar o animal para as pessoas interessadas para a adoção”, afirma.
Segundo Presotto, ainda nenhum comunicado oficial de convocação dos servidores chegou ao órgão. Mas um relatório já foi entregue para a Polícia. De acordo com a delegada, a investigação deve terminar em 30 dias, sendo que o prazo pode ser estendido.
Doação
O CCZ possui um site, (ccz.campinas.sp.gov.br) com 27 fotos de cães e gatos que estão no local após ser recolhidos das ruas por abandono e outras situações. Todos animais estão à espera de um novo tutor. Os animais são saudáveis e foram vacinados, castrados e vermifugados. O centro fica na Rua das Sapucaias, 115, Parque Via Norte, e o telefone é (19) 3245-1219.
Fonte: EP Campinas