Por Adriane R.O. Grey (da Redação – Austrália)
Três adolescentes da oitava série foram suspensos de sua escola, na Austrália, após um professor tê-los flagrado batendo em um canguru até a morte com uma barra de metal.
Os jovens pertenciam a um grupo do Torquay College, que promovia um acampamento de três dias no Parque Nacional Great Otway. Um dos professores encontrou os adolescentes “espancando o canguru”.
O professor denunciou o ataque à diretora da escola, Pam Kinsman, mas o canguru não sobreviveu; morreu em consequência dos ferimentos.
A imprensa afirmou que Kisman suspendeu os alunos imediatamente, contatando também a polícia local. Os adolescentes foram interrogados e iniciou-se um inquérito policial.
Kisman declarou estar levando o assunto muito a sério. Os jovens serão expulsos ou condenados a prestar trabalho comunitário se as autoridades entenderem a violência por eles cometida como criminosa. A diretora afirmou estar chateada e decepcionada com o ocorrido. Ela considera(va) sua escola como um estabelecimento em que se promovem altos padrões de respeito por outros seres e pelo meio ambiente.
A escola tem mostrado certa cautela ao pronunciar-se sobre o assunto, mas de maneira geral há o consenso de que os alunos praticaram um ato de crueldade extrema contra o animal, o que se reforça pela ausência de evidências de que os adolescentes tenham agido em defesa própria. A escola solicitou, ainda, aconselhamento da Sociedade Real para a Prevenção contra a Crueldade a Animais, [RSPCA ‒ Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals] em como comunicar e lidar com o ato brutal ocorrido perante os outros alunos e seus pais.
Mesmo especialistas em direitos dos animais, como Sandy Fernee, do Wildife Victoria, declararam-se chocados com a crueldade dos jovens.
Ela afirmou ao Herald Sun: “estou chocada por nossa sociedade não ensinar melhor nossas crianças e por um adolescente chegar a esta idade sem ter um melhor entedimento do que é e do que não é um comportamento aceitável.”
Fernee também afirmou ser maior do que era há cinco anos o número de jovens envolvidos em atos de crueldade contra animais.
O inspetor chefe da RSPCA, Greg Boland, mostrou-se igualmente chateado com a magnitude da brutalidade envolvida na morte do canguru e afirmou que, neste caso, seria preciso “uma intervenção séria” por parte da escola e das autoridades.
Boland disse que o incidente deve ser classificado como “crueldade grave”. Se isso ocorrer, os adolescentes podem ser multados em 28 mil dólares australianos (26.370 dólares americanos) ou ser condenados a dois anos de prisão, sob o Ato de Prevenção à Crueldade Animal.
Logo após o ocorrido, no entanto, um policial declarou que um dos estudantes havia apenas recebido uma advertência e que os outros dois ainda aguardavam saber se seriam registradas queixas contra eles.