
Um treinador identificado como Dmitry Bachinsky foi flagrada maltratando duas baleias belugas no Oceanário Primorsky, em Vladivostok, na Rússia. Imagens mostram o homem agredindo os animais com chutes e socos por que as baleias não executaram uma performance como ele esperava. Dmitry estava forçando as belugas a fazerem uma manobra que era finalizada com um beijo entre os dois animais, um comportamento antinatural.
A beluga macho Lear tem 13 anos e a beluga fêmea Nil tem 12. Fontes internas afirmam que os animais são agredidos por Dmitry com frequência e ele justifica os maus-tratos como método de treinamento. Após o vazamento das imagens, um porta-voz do oceanário disse que os animais estavam apresentando comportamento agressivo por estarem em período reprodutivo e o treinador usou os golpes como forma de distração.

O ativista Dmitry Lisitsyn, da organização Sakhalin Ekovahta, afirma que não há motivo ou explicação plausível para agredir um animal que além de ter sido retirado do seu habitat, é forçado a interagir e realizar truques. “Esses são métodos anormais, bárbaros, e por lei isso equivale a crueldade para com os animais. Isso não é treinar, mas bater”, disse Lisitsyn, que está pedindo uma investigação profunda sobre o tratamento dispensado às belugas.
O Oceanário Primorsky tem um triste histórico de mortes e maus-tratos a animais. Em 2017, uma baleia beluga morreu após se enredar em redes. Em outro acidente, um treinador foi despedido após bater em uma morsa. Além disso, três golfinhos de barril branco, um leão marinho, duas morsas e uma baleia beluga morreram no local.
Nota da Redação: a ANDA, enquanto defensora dos direitos animais, orienta seus leitores a não frequentarem zoológicos e aquários, como forma de boicote à exploração animal para entretenimento humano. O lugar de animais que não têm condições de viver na natureza são os santuários. Diferentes dos zoos e aquários, os santuários dispõem de recintos adequados e amplos, e não existe a prática de expor animais a grandes quantidades de visitantes para gerar lucro, já que se tratam de instituições sem fins lucrativos, que visam exclusivamente o bem-estar animal.