Um animal infectado com a Leishmaniose Visceral Canina (LVC) pode receber tratamento e sobreviver mesmo portando a doença pelo resto da vida.
O tratamento como alternativa à morte do animal ainda é pouco difundido, mas segundo especialistas é eficiente.
A doença atinge cães sadios, ao contrário do que ocorre em humanos que geralmente quando afetados estão sob alguma condição imunidade baixa.
Nos cães a LVC é uma doença imunomediada (que altera o sistema imonológico).
A leishmaniose é provocada pelo protozoário Leishmania chagasi, transmitido através da picada do mosquito Lutzomyia longipalpis contaminado, que afeta o homem e os animais, particularmente o cão doméstico.
A doença é alvo de pesquisa em várias partes do mundo com várias tentativas terapêuticas.
O médico veterinário Erick Leandro Amaral, de 25 anos, explica por que é favor do tratamento da doença.
“Antes faço diagnostico renal e hepático do animal. Solicito o exame no animal para certificar se seus fígados e rins aguentam o tratamento. O tratamento canino não resulta em cura da doença, mas pode oferecer uma boa qualidade de vida e maior longevidade aos animais afetados”, explica o veterinário.
Este procedimento exige dos tutores cuidados especiais com os animais infectados, como medicação diária várias vezes ao dia. Também é necessário cuidados redobrados com o ambiente onde vive o animal.
Em Campo Grande (MS) existe a uma ONG Fiel Amigo (www.fielamigo.com.br) composta por vários membros simpatizantes da causa animal que repassa orientações sobre a doença.
Na ONG, especialistas desenvolvem pesquisas e tratamentos para casos de Leishmaniose Canina.
Cuidados em silêncio
Uma dona de casa de 52 anos, que preferiu não se identificar, conta que faz o tratamento em seu cão infectado pela doença há três meses.
Porém, ela age em secreto. Nem mesmo seu marido sabe que o animal tem Leishmaniose. “Eu sou a favor do tratamento. Descobri a doença por causa de umas feridas na orelha. Hoje eu trato e ele é lindo e sadio”, testemunha a dona de casa.
O cão, segundo ela, tem uma vida igual ao dos demais animais de sua idade. O cachorro está com 1 anos e oito meses e frequentemente brinca com membros da família.
O tratamento é constante e tem de ser feito pelo resto da vida do animal. A dona de casa mistura os comprimidos à alimentação do cão duas vezes ao dia.
Graças aos cuidados da tutora, o cachorro está livre dos sintomas aparentes e imunológicos do doença. Segundo ela, quem não sabe da doença nem desconfia que o animal é portador de Leishmaniose.
Fonte: Capital News