Por Renata Takahashi (da Redação)
Independente da companhia aérea, devemos evitar ao máximo transportar animais pelas cargas dos aviões. Fazer isso coloca o animal em situação de grande risco. É muito perigoso para sua saúde. Ele pode acabar perdido, traumatizado e na pior das hipóteses, até morto.
Gato Freddy
Na última sexta-feira, um gato ficou perdido por 3 horas após um vôo dos Estados Unidos ao Brasil. O caso foi narrado essa semana em uma postagem na Funpage Backpackers Adventure, da tutora Cintia Cavalcanti da Costa.
Segundo o texto, depois de uma viagem (vôo 963, de Dallas a São Paulo) feita pela companhia American Airlines, Cintia recebeu a gaiola que deveria conter seu gato de estimação Freddy, sem o animal. Questionados sobre o paradeiro do gato, os funcionários do aeroporto de Guarulhos (SP) não conseguiram explicar porque a gaiola contendo o adesivo dizendo “Live Animal” foi entregue vazia.
A American Airlines não foi encontrada no aeroporto para fornecer informações sobre o gato. Cintia pediu insistentemente para voltar à aeronave para procurar seu gato, mas teve o pedido negado. Até a Polícia Federal (PF) foi acionada.
Três horas depois da chegada do avião, Freddy foi encontrado solto e assustado dentro da aeronave onde havia sido transportado. Por sorte estava vivo. Fora da gaiola, ele poderia ter sido esmagado pelas pesadas bagagens que se movem com o avião em movimento, ou ter sido congelado pelas baixas temperaturas durante o vôo. De acordo com o texto postado segunda-feira no Facebook, a Airlines ainda não havia se manifestado sobre o assunto.
O gato Freddy foi resgatado das ruas do Texas e adotado pela tutora em 2011. Ninguém sabe como ele escapou da gaiola, que estava de acordo com o regulamento da Polícia Federal para viagens em aeronaves. “Talvez maiores cuidados deveriam ser tomados pela American Airlines para que todas as gaiolas sejam propriamente lacradas antes dos vôos, de forma a impedir que os animais escapem da mesma, já que o comportamento deles diante situações de perigo pode ser sempre uma surpresa”, lê-se ao final da postagem.
Em fevereiro, outro caso parecido. O cachorro Lion, da raça Dachshund, desapareceu durante um voo da TAM em conexão em Brasília. Sua gaiola também foi encontrada aberta, sem o animal. O primeiro caso de desaparecimento de um cão durante um embarque foi publicado em primeira mão pela ANDA e repercutiu em toda a imprensa brasileira. Pinpoo, que iria embarcar num voo da Gol, foi encontrado 14 dias depois do seu desaparecimento.
Viagem de risco
Há uma série de procedimentos para embarcar com os animais em aviões. Mas temos visto que elas não garantem a segurança real dos bichinhos. As regras e taxas variam de acordo com a companhia aérea. Dependendo do tamanho, o animal viaja no porão da aeronave ou com os passageiros. Segundo reportagem da Rede Globo, entre os documentos obrigatórios estão atestado de sanidade e condições físicas assinado por veterinário, além da carteira de vacinação atualizada.
Existem restrições ao embarque de animais que demonstrem reações forte, de filhotes em geral e de felinos de raças braquicéfalas (focinho curto) como persa, burmês, exótico e himalaio e caninos de raças braquicéfalas como buldogue americano, boston terrier, boxer, griffin de Bruxelas, pug chinês, chow chow, pug holandês, pug, pequinês, buldogue inglês, cavalier king charles spaniel, buldogue francês, dogue de bordeaux , lhasa apso e shih tzu. O transporte deste tipo de animais, quando permitido, está condicionado a algumas condições específicas, a serem verificadas com a companhia.
Mesmo com as normas, são muitos casos de animais perdidos e traumatizados. A vítima, que fora o stress da viagem está passiva de acabar perdida ou até morta, é o animal. Assim, é preciso avaliar a real necessidade do deslocamento antes de submetê-lo a uma viagem de avião.