O relatório “Reduzidos a pele e osso” mostra que de Janeiro de 2000 a Abril de 2010, partes de entre 1069 a 1220 tigres foram encontradas em 11 dos 13 países onde existem tigres. Ou seja, uma média de 104 a 119 animais mortos por ano.
Índia, China e Nepal foram as regiões onde mais se encontraram partes de tigre, sobretudo peles completas, ossos, carne, dentes e crânios. São utilizadas por muitas culturas para decoração, medicina tradicional e amuletos.
“Dado que metade dos tigres do planeta vive na Índia, não é surpresa que o país tenha o maior número de casos”, comentou Pauline Verheij, autora do relatório. O cenário só mostra que “os tigres da Índia enfrentam graves pressões da caça ilegal”.
O estudo também mostra um aumento do número de capturas na Indonésia, Tailândia e Vietname. Muitas apreensões acontecem num raio de 50 quilómetros em relação a áreas protegidas para o tigre, como as Sundarbans, por exemplo.
Para Mike Baltzer, responsável pela iniciativa Tigers Alive, da organização WWF, a conclusão do relatório é clara. “O tráfico de tigres continua, apesar dos esforços consideráveis e continuados a fim de bani-lo, assumidos por muitos Governos e organizações nos países onde vive o tigre e onde as suas partes são consumidas”. Por isso considera que as medidas “são ineficazes ou insuficientes”.
“O risco de se ser apanhado deve aumentar significativamente e as capturas e detenções devem ser seguidas por um julgamento criminal, refletindo a seriedade da luta contra estes crimes”, acrescentou.
Fonte: Ecosfera