O tráfico de animais silvestres é o terceiro maior crime de contrabando do planeta, atrás apenas das drogas e das armas.

Entre 2015 e 2021, mais de 13 milhões de animais e plantas foram apreendidos em comércio ilegal no mundo. Cerca de 4 mil espécies silvestres foram alvo da atividade.

Para Ana Carolina Lins, analista de conservação da WWF Brasil, esse crime também causa desequilíbrio na natureza.

“Se leva à perda da biodiversidade. Diversas espécies estão ameaçadas por esse motivo e isso leva a vários outros fatores que inclusive afetam a qualidade da água, a qualidade do ar que a gente respira.” 

A dificuldade de conter esse problema grave faz com que cerca de 90% dos animais traficados morram antes de chegar ao destino final. Isso porque enquanto os animais domésticos foram adaptados ao convívio com humanos ao longo dos séculos, os silvestres precisam do seu habitat natural.

“Nesse processo de domesticação, os cães e os gatos estão acostumados a viverem em casas, em apartamentos, ter esse contato próximo, eles até precisam dos humanos. Já os animais silvestres não, eles não passaram por esse processo. E muitos deles são transmissores de doenças, então a gente pode pegar doenças que o ser humano não está acostumado e não tem as defesas. E a gente também pode trazer e transmitir patógenos para esses animais.”, completa Ana Carolina Lins.

Para alertar a população sobre o tema, o Ibama e o WWF Brasil lançaram a campanha “Se não é livre, eu não curto”. O objetivo é usar as redes sociais para promover a conscientização sobre os riscos da posse e da exposição de animais silvestres como domésticos nas redes sociais.

Fonte: TV Brasil