Uma campanha de angariação de donativos nas redes sociais permitiu garantir o resgate de um dos dois touros de Viana do Castelo, que em maio chegaram a ficar desaparecidos por vários dias. O animal escapa do matadouro para ir viver em liberdade em Aveiro, Portugal.
O dinheiro foi angariado através da dinamização feita pelo movimento “Touros em Fuga”, que reúne cerca de 3.000 seguidores nas redes sociais. Foi criado a 10 de maio, exatamente para “patrocinar” a “fuga definitiva” dos dois animais.
Ao fim de algumas semanas de apelo, o movimento Touros em Fuga, que já junta cerca de 1500 pessoas nas redes sociais, anunciou ter conseguido o apoio de um “parceiro institucional” pelo que a adoção do touro pode estar iminente.
“A fuga dos animais e a sua luta pela liberdade sensibilizou-me e senti que tinha de fazer alguma coisa. Fiquei muito satisfeito por ver a mobilização que foi dada a este caso, um exemplo de cidadania participativa”, explicou Miguel Dinis, o publicitário de Lisboa que fundou o movimento “Touros em Fuga” e que viajou até Viana do Castelo para formalizar a o resgate mediante pagamento do antigo tutor, que iria levar Marreta, como é chamado o touro, para morrer em um abatedouro.
O resgate do touro e a campanha de angariação de fundos foi realizada em parceria com a associação S.O.S Equinos, de Aveiro, que o vai receber e que se compromete a garantir que viva em liberdade, sem a ameaça do matadouro ou mesmo negociar o animal.
Até ao momento, apenas um foi recuperado, por mais de uma dezena de populares que o procuravam nos montes da freguesia de Outeiro. Acabou por ser devolvido ao seu tutor seis dias depois.
Os dois animais, de raça galega, um deles descrito como “muito bravo”, estavam vendidos para um talho de Ponte de Lima por mais de 2.500 euros.
Fonte: RR