De acordo com um relatório recente feito pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), funcionários da York Meats, nos arredores de Fallon, em Nevada, atiraram em um touro na cabeça quatro vezes e simplesmente largaram o animal consciente, agonizando por 20 minutos até voltar e atirar nele novamente. Defensores dos direitos animais, indignados com a situação, pediram que uma investigação fosse feita no matadouro.
A organização People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) redigiu um pedido ao Sheriff do condado de Churchill para que ele “investigue o matadouro e, se for o caso, registre as acusações criminais de crueldade animal contra a instalação e os trabalhadores responsáveis pelo sofrimento do touro”.
No dia 25 de julho de 2018, o Inspetor de Segurança do Consumidor (CSI) do FSIS se dirigiu ao matadouro para observar as práticas dos trabalhadores do matadouro e, enquanto estava lá, ouviu quatro tiros serem disparados. Ele foi até o local da onde o barulho tinha vindo e se deparou com um touro adulto que tinha quatro orifícios de entrada das balas em sua testa, mas ainda estava respirando.
“O touro estava respirando, ajoelhado em suas patas dianteiras e tinha a cabeça erguida, com os olhos se movendo e olhando ao redor”, descrevia o relatório. “O inspetor perguntou ao funcionário qual era o problema, e o empregado afirmou que o animal era grande demais para o magnum .17… Aproximadamente 20 minutos depois, os funcionários retornaram ao local, munidos agora de uma .38 magnum, e atiraram novamente no animal, que então morreu”.
O relatório confirma, ao final, que o observado no local foi um flagrante de ato de manipulação desumana de animais ao caminho da morte, já que seu funcionário foi incapaz de deixar o touro imediatamente inconsciente, e o re-atordoamento demorou muito tempo para acontecer. “Seu estabelecimento não tem atualmente um Abordagem Sistemática robusta para o manejo humano da pecuária”, finaliza.
Morte agonizante
“Essas revelações perturbadoras mostram que esse touro sofreu uma morte prolongada e agonizante na York Meats. A PETA está pedindo uma investigação criminal em nome do touro que sofreu nesta instalação e os membros do público que se preocupam com ele”, disse a vice-presidente sênior da PETA, Daphna Nachminovitch.
“Outros animais têm um sistema nervoso central e senso de autopreservação, assim como os humanos, e que a única maneira de evitar que vacas, porcos, galinhas e outros sofram nos matadouros é se tornarem veganas”, finaliza.