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Primeiro toureiro é condenado por abuso de animais na Espanha

20 de novembro de 2013
2 min. de leitura
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Por Simone Gil Mondavi (da Redação – Argentina)

Foto: divulgação
Foto: divulgação

O toureiro José Antonio Canales Rivera foi condenado após admitir os fatos, nesta segunda-feira (18), pelo Tribunal de Magistrados numero 1 de Puerto real, em Cádiz, como autor criminalmente responsável pelo crime de abuso animal, a pagar uma multa de 600 euros.

O ponto de partida foi uma denúncia apresentada pelo Observatório de Justiça e Defensa Animal, no Instituto de Meio Ambiente de Cadiz, na Espanha. Esta seria a primeira vez que um toureiro é condenado neste país por abuso animal. As informações são de Econoticias.

O caso remonta a fevereiro passado quando, em um dos blocos de um clube de equitação, na província de Cádiz, um cavalo sofreu múltiplas lesões em seu focinho. O animal apresentava ferimentos profundos com sangramento e com forma de meia lua, acima do seu nariz. De acordo com testemunhas presentes, as lesões foram a causa do uso das chamadas “serretas vivas” que são instrumentos exorbitantes de punição cruel fabricadas com pontas de ferro colocados diretamente sobre a pele do focinho do cavalo.

De acordo com especialistas, estes aparelhos oprimem violentamente o animal, de modo que ao menor movimento contrário à vontade do ginete, os dentes afiados de ferro são pregados no focinho do animal, uma área particularmente sensível com muitas terminações nervosas.

O Observatório de Justiça e Defensa Animal declarou o seguinte comunicado:

“Como defensores legais dos direitos animais, lamentamos que ainda no século XXI, os animais não gozam do respeito e consideração que merecem como seres vivos que são, mas ao mesmo tempo, celebramos que a sociedade em seu conjunto avance e está cada vez mais sensibilizada com o abuso de animais, de modo que o sofrimento dos animais não é indiferente, e se torna cada vez mais normal que os próprios cidadãos chamem a atenção das autoridades e das organizações de defesa animal como é nosso caso, quando existem episódios de possíveis maus-tratos e que foram testemunhas”.

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