Eventos com touros precisam acabar de uma vez por todas. Vários países já tiveram suas realizações banidas, muitos por conta da pressão e luta de ativistas de direitos animais, além de processos judiciais que culminaram em decisões e leis de proibição.
Os touros são submetidos a dores intensas que só acabam com sua morte, sob tortura, enquanto milhares de pessoas vibram com a crueldade ocorrida na arena ou nas ruas. É uma covardia inaceitável sob argumento de ‘tradição’. Porém, sabe-se que cultura é algo mutável e deve seguir o avanço e a evolução dos tempos. Moral e eticamente não é aceitável que os animais sejam colocados sob sofrimento intenso e morte e a própria população deve cobrar e exigir legislações duras, dando voz legal a quem não tem como se defender.
Mas além dos animais, pessoas também são colocadas em risco nestes eventos e acidentes seguidos de morte tem acontecido com frequência.
No total, sete pessoas já morreram, de janeiro a agosto de 2022. Desta vez, uma mulher francesa de 73 anos levou uma chifrada fatal no evento “bous al carrer de la Marina Alta“, a corrida de touros, que acontece nas ruas de Beniarbeig, na Espanha. A mulher foi atingida no peito e não resistiu aos ferimentos.
Chega de touradas!
Após a morte da francesa, as festividades foram suspensas. Com o óbito da mulher, a Espanha iguala o recorde de vítimas fatais registrado em 2015, num total de sete.
Relembre outros casos na Espanha:
- neste ano, a primeira morte também foi de um homem francês, em 09 de julho, na corrida de touros de Pedreguer, em Alicante;
- um morador da cidade de Albacete morreu num evento da cidade;
- um cidadão de Meliana foi atingido por um touro e morreu;
- uma jovem perdeu a vida depois de ser atingida por um touro em Castellón;
- duas pessoas morreram em Vallada e outra em Almedíjar;
- ainda este ano o toureiro Victor Barrio, de 29 anos, teve o peito perfurado por um touro na cidade de Teruel, no leste do país. Ele veio a óbito após ser chifrado durante um espetáculo transmitido ao vivo na TV. Victor foi o primeiro toureiro a morrer em uma arena espanhola neste século (o último caso havia sido o de José Cubero, o Yiyo, em 1985).
Cerca de duas mil touradas ainda são realizadas anualmente na Espanha. É uma prática bárbara e cruel, mas alguns insistem e ainda acreditam se tratar de um costume antigo e tradicional. Estes touros, além de sofrerem todo tipo de crueldade e tortura, segundo o Green Me, são mortos ao final dos eventos, depois de passarem por todo tipo de sofrimento, têm suas vidas ceifadas. Precisamos exigir um basta e cobrar dos governos que eventos e espetáculos com animais sejam proibidos.