Toronto aprovou uma lei que proíbe a posse, venda e consumo de barbatanas de tubarão. A maior cidade do Canadá segue, assim, o exemplo de três outras cidades do país e da Califórnia, estado norte-americano.
A legislação foi a votação na Assembleia Municipal e foi aprovada com 38 votos a favor e 4 votos contra.
Ainda assim, o Canadá deu mesmo um importante passo na luta contra o “finning”, prática de pesca que consiste na remoção das barbatanas de tubarão, seguida da devolução do corpo ao mar onde o animal acaba por morrer. As multas para quem não cumprir a nova lei variam entre 5000 e 100 000 dólares.
Glenn De Baeremaeker, membro da Assembleia, explicou que a motivação do órgão municipal foi “garantir que os tubarões não desaparecerão da face da Terra”. De acordo com De Baeremaeker, a população de Toronto “é parte de uma solução global para resolver um problema global” e “esta é uma moção que será ouvida por todo o mundo”.
Associações de proteção dos tubarões saúdam medida
A medida já foi saudada pelas associações conservacionistas do país, considerando-se mesmo que a sua adoção por uma cidade com o tamanho e a influência de Toronto é um momento histórico para o Canadá.
Entre as associações que se congratularam com a notícia está a Shark Truth, uma organização sem fins lucrativos com o objetivo de proteger os tubarões. De acordo com dados da Shark Truth, 73 milhões de tubarões são mortos anualmente devido à prática do “finning”. Estas mortes estão na origem de declínios populacionais que podem chegar aos 90%.
A proibição da posse, consumo e venda de barbatanas de tubarão no Canadá acontece pouco depois da celebração da Semana de Proteção ao Tubarão em Portugal, integrada na Semana Europeia do Tubarão, que apelou aos cidadãos para assinarem uma petição pedindo aos membros do Parlamento Europeu a proibição integral do “finning” na União Europeia.
Com informações do Boas Notícias
Nota da Redação: Para que a proteção desses animais seja completa e coerente, a pesca e o consumo de sua carne deveriam também ser proibidos, e tratados como crime contra a fauna. A medida que proíbe a remoção das barbatanas marca uma vitória parcial a favor da preservação da espécie, mas não termina com o ciclo de exploração a que estão sujeitos esses animais.