Com 13 anos de profissão, a delegada Quitéria Maria, de Alagoinhas, cidade a 100 km de Salvador, não está à procura de criminosos desta vez, mas sim de uma gata Kikinha, animal doméstico que cria desde 2009 e que desapareceu no dia 16 de junho deste ano. Ela cria a gata há seis anos, tempo em que atua na cidade.
“Ela chegava aqui, ficava ao lado dos presos, perto da carceragem, era bem pequenininha ainda, então comecei a criar, dava comida, vacinas, castrei.
Tive todos os cuidados que um tutor tem, a diferença é que ela morava aqui na delegacia”, explicou. O nome foi escolhido inspirado no nome da dona.
“Me chamam de Kika, então, coloquei o nome dela de Kikinha”, contou.
Além do carinho da própria tutora, Kikinha era bastante conhecida na cidade, porque não ficava apenas na delegacia, passeava e depois voltava. Ela ainda conta que a gata também “trabalhava” na delegacia. “Pegava os ratos que entravam e não dava moleza a eles”, disse, em tom de alegria.
“Dou risada quando lembro dela, mas estou muito triste com essa situação. Já fiz apelo ao pessoal da cidade e até para um locutor de rádio daqui. Todo mundo conhece Kikinha. Eu já procurei por toda a delegacia e não encontro. Acho que ela não está morta, porque ainda não senti cheiro de animal morto”, completou.
Quitéria Maria aponta que não há suspeita de sequestro, mas acha que alguém pode ter visto o animal e resolveu levá-lo para casa. Disse ainda que vai analisar as imagens da câmera da delegacia para ver se encontra alguma resposta.
A delegada afirma que defende a causa ajudando outras pessoas que não têm condições financeiras para criar seus animais domésticos e, sempre que pode, paga a cirurgia de castração dos gatos.
Fonte: G1