Além dos 2.200 passageiros e tripulantes, o Titanic levava também diversos animais em sua viagem inaugural, em 1912, antes de afundar no oceano Atlântico. De todos eles – que incluíam gatos, pássaros, galos e galinhas – apenas três cachorros sobreviveram ao lado de seus tutores.
O número exato de cães a bordo é impreciso, já que eles eram embarcados como carga e muitos documentos se perderam no naufrágio. Segundo o National Museums Liverpool, pelo menos 12 animais viajavam na embarcação em um canil próprio – mas pode ter sido mais.
“A passagem era cara – igual à de uma criança – e a maioria dos tutores era americanos viajando de primeira classe”, descreve o site.
Relatos contam que, ao saber que o navio afundaria, alguém teria aberto o portão do canil e soltado os cachorros, que corriam desesperados pelo convés, causando tumulto. Muitos deles não conseguiram se salvar, a maioria de grande porte.
Três cachorros de pequeno porte sobreviveram, sendo transportados nos botes no colo dos tutores. O pequinês Sun Yat-Sen, de Henry Sleeper Harper e Myra Raymond Harper, foi salvo junto aos seus tutores, assim como Lady, o lulu da pomerânia de Margaret Bechstein Hays comprado em Paris.
De nome desconhecido, o lulu da pomerânia que pertencia à Elizabeth Barrett Rotschild também conseguiu embarcar em um dos botes.
Outros cães, no entanto, não tiveram tanta sorte, como o cachorro de William Crothers Dulles, que pouco se sabe sobre ele, já que ambos não sobreviveram ao desastre. Kitty, um airedale terrier do bilionário John Jacob Astor, morreu junto ao seu tutor – há relatos de que ele tinha um segundo animal, mas que não foram confirmados.
Outros cachorros que morreram enquanto seus tutores escaparam em botes salva-vidas foram: um chow chow de nome desconhecido, pertencente ao corretor da bolsa Harry Rhind Anderson; Frou Frou, um cachorro pequeno de raça desconhecida, de Helen Bishop; e um pequinês e um cão de raça desconhecida, ambos de William Ernest Carter, um magnata do carvão da Filadélfia.
O buldogue francês Gamin de Pycombe, que pertencia ao banqueiro Robert Williams Daniel, que sobreviveu ao naufrágio, teria sido visto nadando na água antes de morrer.
A história dos cães do Titanic também tem uma série de mitos. Um deles envolve a passageira Ann Elizabeth Isham, de 50 anos, que teria se recusado a entrar em um bote salva-vidas sem seu dogue alemão, um cachorro de grande porte, e decidiu ficar com o animal no navio.
Supostamente, alguns sobreviventes teriam visto uma mulher com um colete salva-vidas com os braços congelados em volta de um grande cachorro balançando nas ondas após o naufrágio, que poderia ser Ann, mas esta história nunca foi confirmada e os corpos nunca foram achados.
Fonte: Revista Casa e Jardim