“Quando a retiramos de lá, ela mal conseguia se erguer, de fraqueza“, diz o veterinário Christian Legatzky, da Divisão de Fauna do Ibama no Pará. Após a apreensão, a tigresa foi levada para Belém e passou por período de reuperação no Museu Emílio Goeldi. Segundo o Ibama, ela chegou a comer 10 quilos de carne num único dia nas primeiras semanas de recuperação. A tigresa engordou aproximadamente 25 kg, chegando ao peso de 150 kg.
No circo em que foi encontrada, a tigresa ficava presa num trailer que era estacionado em praças da cidade por que passava. “Para se ter um tigre em cativeiro, é necessário ter um plano de contenção. Ele é imprescindível, pois, em caso de fuga, assegura-se a proteção do animal e da população”, explica o veterinário Mauro Jackson, da Divisão de Fauna do Ibama no Pará.
Além da tigresa, cuja espécie está ameaçada de extinção, um babuíno e um avestruz foram apreendidos no mesmo circo. O proprietário do negócio acabou multado em R$ 11,4 mil pelos maus-tratos e por introduzir animais exóticos no país sem autorização (o tigre é originário da Ásia e os outros da África). O babuíno e o avestruz foram destinados, respectivamente, a Teresina, no Piauí, e a um mantenedor de fauna de Belém.
Fonte: Globo Rural