A administração do Parque Ecológico Municipal Cid Almeida Franco, o zoológico de Americana (SP), abriu sindicância para investigar as causas da morte de uma tigresa de 1 ano e 6 meses que seria transferida para o Parque Ecológico Municipal de Paulínia (SP). A suspeita é de que a dosagem de tranquilizante tenha provocado a morte. O animal da espécie siberiano está em extinção.
O animal morreu na segunda-feira (17) após receber sedativo e efetuar o transporte. Uma foto divulgada em redes sociais mostra que a tigresa também foi amarrada com uma corda na boca e no corpo.
Segundo a Prefeitura, duas fêmeas seriam levadas para ficar em exposição na cidade vizinha, mas não foi divulgado o motivo do deslocamento. No entanto, após a morte do animal o processo foi interrompido por tempo indeterminado.
A Prefeitura, responsável pela administração do recinto, informou por meio da assessoria que o diretor do parque, Gustavo Malufe, solicitou a apuração interna para verificar as causas da morte. Também foi feita uma necropsia no animal, mas o resultado ainda não foi concluído.
A Polícia Ambiental não foi notificada da morte da tigresa. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente foi procurada para informar sobre a mudança de moradia do animal e também sobre os procedimentos, mas até esta publicação não se pronunciou sobre o caso.
No parque
A tigresa, que morreu estava no parque desde o nascimento registrado em dezembro de 2011. Ela foi colocada para a visitação pública após três meses, depois de passar por tratamento especial com veterinários e biólogos junto com os outros dois irmãos machos.
De acordo com o zoo, o tigre-siberiano é originário da Sibéria Oriental. O animal tem hábitos noturnos e é um caçador solitário. Pode correr a uma velocidade de 80 km/h e saltar até seis metros. A alimentação básica é a carne e, em ambiente natural, caça antílopes e búfalos, entre outros mamíferos.
Fonte: G1
Nota da Redação: Esta tigresa, que já nasceu em cativeiro, jamais pode manifestar seus hábitos naturais, pois não chegou sequer a conhecer seu habitat natural, que fica muito distante de Americana (SP), na Sibéria. Ela nunca pode ser uma tigresa siberiana de verdade. Viveu como uma prisioneira, encarcerada sem ter cometido crime algum. Lamentamos por sua morte e por sua vida miserável.