Em razão de 2022 ser o ano do tigre no calendário chinês, um hotel na China aprisionou um tigre branco dentro de uma jaula de vidro para entreter seus hóspedes. O local faz parte de um conglomerado que inclui um safári e um zoológico, o Nantong Forest, e o animal era explorado para todas essas atividades. O caso ocorreu em Nantong, leste do país.

Ativistas em defesa dos direitos animais conseguiram apoio da imprensa para denunciar as condições desumanas em que o animal está sendo mantido. Além de sofrer com o assédio dos hóspedes, o tigre também sofre com a falta de isolamento de som e pouco espaço para se locomover, infringindo até mesmo a lei mais frouxa de bem-estar animal do país.

Além de explorar o tigre, o hotel também oferece aos visitantes quartos com vistas para zebras, girafas e leões. Após uma série de crítica e pressão de ativista, o governo chinês pediu que o jaula de vidro fosse desativada e o tigre enviado para o zoo até que especialistas confirmem que o animal não está sofrendo maus-tratos.

Ativistas afirmam que as celebrações do Ano Novo Chinês começam no dia 1º de fevereiro e muitos locais já estão aproveitando a oportunidade para explorar o animal em extinção como uma estratégia de marketing. Recentemente, a grife Gucci foi duramente criticada por usar esses animais vivos em uma campanha publicitária.

Na China, a exploração de animais selvagens em hotéis, infelizmente, não é uma novidade. Em 2021, cidade de Harbin, foi inaugurado o primeiro “hotel de ursos-polares” do mundo, onde animais são mantidos em pequenos recintos durante 24 horas por dia para entreter hóspedes e visitantes que frequentam o restaurante e o bar.