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‘Testes’ em animais dão resultado

27 de dezembro de 2008
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Em sua obra The encyclopedia of serial killers, Michael Newton destaca os chamados ‘sinais de aviso de tendências violentas’, pontos em comum entre grande parte dos assassinos em série, geralmente detectáveis na infância. “Embora as generalizações sejam admitidas como perigosas, os psicólogos há muito reconheceram determinados comportamentos infantis ou adolescentes como sintomas de violência a surgirem na fase adulta. A tríade freqüentemente citada de sinais de aviso, incluindo incêndio criminoso, crueldade com animais e enurese adolescente persistente (molhar a cama), foi originalmente identificada em um único caso anônimo na década de 1940, mas o tempo provou, pelo menos, a validade geral de todos os três sintomas como indicadores de uma criança com sérios problemas mentais/emocionais”.

Em um estudo realizado pelo FBI entre 1979 e 1983 com 36 serial killers, com registro de violência sexual, 36% torturaram animais quando criança, e 46% na adolescência. Henry Lee Lucas, o mais famoso assassino serial dos Estados Unidos, responsável por pelo menos 350 mortes nos anos 70, é um dos que ‘ensaiaram’ com animais quando jovem. “Se Henry encontrasse um animal de estimação, sua mãe o mataria, e ele começou a entender que a vida – como o sexo – era barata”, relata Michael Newton. “Ela também introduziu o garoto à bestialidade, ensinando Henry a matar diversos animais após serem abusados sexualmente e torturados”. Lucas escapou da pena de morte graças a um indulto do então governador… George W. Bush.

Adolfo de Jesus Constanzo, também dos EUA, era praticante da feitiçaria conhecida como palo mayombe, e seus sacrifícios de animais logo se mostraram menos eficazes para seus clientes, então ele passou ao sacrifício de pessoas. “Adolfo estabeleceu um menu para animais de sacrifício, com galos custando 6 dólares a cabeça, bodes por 30 dólares, jibóia por 450 dólares, zebras adultas por 1.100 dólares e filhotes de leão africano listados em 3.100 dólares cada um”. Quando seu culto foi desbaratado, dezenas de corpos humanos e animais, despedaçados, estavam armazenados em sua ‘capela’, escreve Newton.

Outro que levou o ‘hobby’ vida adulta adiante, David Richard Berkowitz, matou dezenas de mulheres em Nova York, no final dos anos setenta. Ele pertencia a uma seita chamada ‘Four P Movement’, que misturava assassinato em série, crueldade com animais e Aleister Crowley. “(…) Culto homicida que se especializou em esfolar cachorros vivos e atirar em vítimas em ruas escuras. Chamando a si mesmos de ‘As Crianças’, os seguidores operaram a partir de uma base em Untermeyer Park, onde cachorros mutilados foram periodicamente encontrados”, explica Michael Newton.

São apenas alguns exemplos extremos, mas com bastante significado em relação ao uso e abuso de poder levado às últimas conseqüências, dos humanos sobre os não-humanos… e sobre os humanos pegos de surpresa, naquele momento, por algum maníaco.

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