Apesar do tamanho grande, o mero é um peixe dócil que se aproxima dos mergulhadores. Justamente por causa desta inocência, ele se torna uma presa fácil para os caçadores e alguns predadores.
No passado, havia muitos meros nos arrecifes da costa nordestina. Mas a pesca quase exterminou a espécie. Hoje é muito difícil encontrar um mero gigante no litoral. Apesar de haver leis específicas de proteção, esses peixes estão cada vez mais raros, na lista de animais criticamente ameaçados de extinção.
A ciência será grande aliada dos órgãos de fiscalização. O comércio da carne do mero vai sofrer um duro golpe. Normalmente, logo depois de pescado, o peixe é fatiado e vendido nos mercados como sendo de outra espécie. Cientistas da Universidade Federal de Pernambuco revelam que podem identificar a carne por exame de DNA.
“O executor da lei tem agora totais condições para saber de forma forense, se aquela suposta carne é ou não de mero”, diz o professor da UFPE Rodrigo Torres.
Os laudos da Universidade Federal de Pernambuco vão ter efeito de provas para incriminar os fraudadores.
“Isso é um avanço muito importante, porque vamos poder chegar no ponto da comercialização e do transporte que também não se tinha controle nenhum”, destaca a bióloga Beatrice Padovani.
Com ajuda da ciência e da conscientização das comunidades, obedecendo à proibição da pesca e da comercialização do mero, esta espécie pode ser salva e voltar a se reproduzir em quantidade na costa do Nordeste.
Fonte: Jornal Floripa