Todas as raças de cães possuem seus estereótipos: os labradores, por exemplo, são obedientes e fiéis, enquanto os border collies são inteligentes e brincalhões. Nem sempre a personalidade do cão vai bater com o que se espera dele, mas muitos tutores adquirem seus animais pensando nestes rótulos.
Já os cães sem raça definida (SRD), carinhosamente apelidados de vira-latas, são uma incógnita. Algumas pessoas podem até chutar o cruzamento dos pais do animal com base em suas características físicas, mas saber sua verdadeira origem é mais difícil.
O que alguns tutores têm feito é testar a ancestralidade de seus pets através de exames de DNA. A marca americana Embark Vet, por exemplo, disse à AFP que teve um crescimento de 235% em suas vendas entre 2019 e 2020.
O primeiro e único teste genético para cães no Brasil chegou em 2020. A empresa Box4Dog oferece três diferentes kits –um para identificação de raças, outro para doenças genéticas e um terceiro que cobre ambos os pontos.
O teste para doenças genéticas é capaz de identificar mutações associadas a mais de 200 patologias, mostrando se o cão tem predisposição a desenvolver anormalidades cardíacas, distúrbios renais, surdez prematura, entre outros problemas. Vale a lembrança: a existência da mutação não equivale à existência da doença, apenas ao risco aumentado.
A coleta da amostra de DNA é feita de maneira não invasiva. O tutor tem acesso a swabs, como aqueles utilizados em testes de Covid-19, que devem ser esfregados dentro da bochecha do cão. Os cotonetes são então envelopados e enviados pelo correio, com o resultado sendo liberado de duas semanas a um mês depois.
Se quiser testar seu animal, vai ter que preparar o bolso. Os testes custam entre R$ 600 e R$ 900. Você pode adquiri-los neste link.
Fonte: UOL