Depois da lenta agonia dos cetáceos no rio Sena, uma baleia foi lançada em uma praia em Ploéven na útlima segunda-feira (19/09), a terceira em três semanas na costa de Finistère, e não pôde ser recolocada na água apesar de uma tentativa de rebocá-la, constatou a agência AFP no local. Normalmente, os cetáceos podem morrer depois de colisões com navios, doenças ou pela absorção de resíduos plásticos ou produtos poluentes.
“Era uma baleia jovem de 12 metros. Não tinha sinais de lesão, estava apenas magra”, Bernard Martin, voluntário da Rede Nacional de Encalhamento (RNE), trabalhando em coordenação com o Observatório Pelagis, a partir da praia de Ty Anquer, onde o animal foi levado. “Não estava morto, mas em agonia. Tentamos colocá-lo de volta na água, mas a amplitude da maré não foi suficiente”, acrescentou ele.
O cetáceo foi parcialmente coberto com lençóis molhados para aliviar seu sofrimento. “Sua pele é muito frágil, é feita para estar na água o tempo todo”, explicou Martin, sem comentar as causas do encalhe das três baleias, enquanto as análises ainda estão em andamento sobre a segunda.
“Os dois primeiros animais estavam muito magros”, disse ele. A baleia foi descoberta nesta segunda-feira de manhã por caminhantes, de acordo com um político local, confirmando informações do diário Le Télégramme. “Estava na baía de Douarnenez há pelo menos três semanas”, disse Jean-Luc Hubert, vice-prefeito de Ploéven, quando um cetáceo foi visto várias vezes na área.
Muitos espectadores se reuniram na praia para vislumbrar a baleia na segunda-feira à tarde, mas os policiais estabeleceram um perímetro de segurança por razões de saúde. “Estes são mamíferos que podem transmitir doenças”, disse Martin.
Este é o terceiro cetáceo descoberto encalhado em uma praia do Finistère desde o início de setembro, além das duas jovens baleias encalhadas com alguns dias de intervalo, na ilha de Sein em 2 de setembro, e em uma praia em Tréguennec na baía de Audiernen, em 10 de setembro.
Equipes do Parque Natural Marinho de Iroise coletaram amostras científicas da segunda baleia na semana passada antes de seu corpo ser cortado e levado para um centro de processamento.
Fonte: RFI
