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ESPERANÇA

Temporada reprodutiva das tartarugas em Fernando de Noronha, Pernambuco, tem 145 desovas

9 de agosto de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

A Fundação Projeto Tamar divulgou o balanço da temporada 2023/2024 de reprodução de tartarugas marinhas em Fernando de Noronha. Foram registradas 145 desovas. O número é inferior ao recorde contabilizado na temporada anterior, que foi de 432 ninhos.

A redução foi considerada natural pelos pesquisadores. “É normal a variação, a cada dois anos ocorre uma temporada com mais desovas. A próxima temporada deve ser mediana até a gente voltar a um pico, em 2025/206”, disse a coordenadora da Fundação Projeto Tamar, Rafaely Nayanna Ventura.

A estudiosa contou que foram constatadas 16 novas tartarugas que desovaram pela primeira vez na ilha, seis já marcadas que retornaram a Fernando de Noronha para desovar.

Os primeiros ninhos foram registrados em novembro do ano passado. Nesta temporada também foi identificada uma desova tardia, no mês de julho, o que não ocorre com frequência. Ainda falta o nascimento de filhotes em três ninhos.

Praia do Leão

Nas praias localizadas na área do Parque Nacional Marinho foram registradas 104 desovas. A Praia do Leão foi a campeã, com 93 ninhos.

“Acreditamos que as tartarugas preferem o ‘Leão’ por ser mais isolada; elas procuram locais mais tranquilos. As praias urbanas têm uma movimentação cada vez maior no período noturno”, avaliou Rafaely Ventura.

A Praia do Sancho teve oito desovas e a Baía do Sueste registrou três ninhos. “As desovas no Sueste comprovam que essa praia também é uma área de desova”, afirmou a pesquisadora.

A espécie que se reproduz em Fernando de Noronha é a Chelonia mydas, conhecida popularmente como tartaruga-verde. A fêmea coloca, em média, 120 ovos, que levam entre 45 e 60 dias para eclodir.

As tartarugas marinhas existem há mais de 100 milhões de anos e são uma das únicas espécies que sobreviveram à extinção dos dinossauros.

No Brasil são encontradas cinco, das sete espécies conhecidas no mundo. Os estudos indicam que apenas um a cada mil filhotes chegue na fase adulta, entre 15 e 30 anos, estima-se que uma tartaruga possa viver mais de 100 anos.

Fonte: G1 

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