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PERDIDOS

Temporada de pinguins começa em SC com os primeiros visitantes; o que fazer se encontrar animal machucado

Principal espécie vista no estado é pinguim-de-Magalhães. Aves vêm da Patagônia argentina em busca de alimentos, diz associação.

25 de junho de 2024
Joana Caldas, g1 SC
5 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Ben Fuller

Um dos marcos do inverno no litoral de Santa Catarina é o início da temporada dos pinguins no estado. Essas aves vêm da Patagônia, no Sul da Argentina, em busca de alimentos e águas mais quentes, de acordo com a Associação R3 Animal. Os primeiros visitantes já apareceram e houve registros no fim de semana em Florianópolis.

A partir do inverno, os pinguins saem das colônias reprodutivas e nadam até a costa Sul e Sudeste do Brasil. Em Santa Catarina, a espécie mais comum é o pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus).

maioria das aves que aparecem nas praias catarinense são juvenis, estão na primeira migração e chegam cansados e desnutridos pela longa distância percorrida, conforme a associação. Muitos se perdem do bando.

É comum também que fiquem debilitados devido aos obstáculos que encontram no caminho, como interação com outros animais, redes de pesca, lixo marinho e outras ações humanas.

O Projeto de Monitoramento de Praias é uma das organizações que cuidam dos pinguins que chegam machucados à costa catarinense. Segundo a instituição, o primeiro indivíduo a receber atenção médica apareceu cedo no litoral.

A ave encalhou em 30 de abril na Praia de Salinas, em Balneário Barra do Sul, no Litoral Norte catarinense, trecho monitorado pela Univille. O pinguim, um juvenil, foi visto por um morador, que chamou os bombeiros. Com isso, o indivíduo foi recolhido e agora está sob os cuidados do Centro de Reabilitação da R3 Animal.

O que fazer se vir um pinguim na praia

A associação divulgou informações sobre o que fazer se encontrar um pinguim da praia:

  • Se ele estiver nadando, não se aproxime, porque ele pode estar saudável e de passagem;
  • Se o animal estiver morto ou debilitado na areia da praia, entre em contato com o Projeto de Monitoramento de Praias pelo telefone 0800-642-3341;
  • Não force o pinguim a entrar no mar, pois se ele está em terra é porque está cansado ou debilitado;
  • Não coloque o pinguim em contato com gelo, pois animais debilitados têm dificuldade de manter a própria temperatura;
  • Afaste animais domésticos, pois eles podem feri-los, além de contrair ou transmitir doenças;
  • Evite se aproximar ou tocar no animal. Se for necessário levá-lo para um ambiente seguro, acomode-o em local seco e aquecido;
  • Para qualquer contato, utilize luvas de látex e máscara facial. Depois, descarte e não toque mais no animal.

Flagrante em Florianópolis

O banhistas Ben Fuller filmou um pinguim nadando na Praia do Campeche, em Florianópolis, na sexta (21). Ele contou que ficou emocionado.

“Inicialmente, avistamos algo nadando na água. Talvez fosse um pássaro batendo as asas. Bem rapidamente, percebemos que era outra coisa. Vimos o pinguim levantar a cabecinha e foi emocionante ver um pinguim na natureza, nadando tão livre e selvagem!”, relatou.

Fonte: g1 SC

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