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PROTEÇÃO

Telas são instaladas às margens do Rio Pinheiros para evitar acidentes com capivaras; ONG monitora mais de 100 animais em SP

A instalação foi feita entre a Ponte do Jaguaré e o Cebolão, na Zona Oeste da cidade. Nesse trecho, vivem a maior parte das capivaras e foi onde ocorreu a maioria dos atropelamentos: em 2023, foram 15 atropeladas e mortas, e em 2024, 11.

15 de setembro de 2024
Carlos Henrique Dias, g1 SP
4 min. de leitura
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Foto: Divulgação/Projeto CAPA

Telas foram instaladas na sexta-feira (13/09) em um trecho de 2 km às margens do Rio Pinheiros, em São Paulo, para evitar acidentes com as mais de 100 capivaras que vivem no local.

A instalação foi feita entre a Ponte do Jaguaré e o Cebolão, na Zona Oeste da cidade. Nesse trecho, vivem a maior parte das capivaras e foi onde ocorreu a maioria dos atropelamentos: em 2023, foram 15 atropeladas e mortas, e em 2024, 11.

O projeto é uma parceria entre a ONG Projeto CAPA (Centro de Apoio e Proteção Animal), o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), autarquia do governo estadual, além das empresas Belgo e Talismann. A tela tem design funcional, 1,4 m de altura e 12 fios horizontais trançados com arames verticais.

“Estou emocionada que está começando a instalação das telas na marginal onde as capivaras são atropeladas. Ano passado foram 15, este ano foram 11. E a Belgo Arames doou toda a proteção que vai ser colocada aqui entre o Rio Pinheiros e marginal para que os animais não morram mais atropelados”, afirmou Mariana Aidar, presidente do Projeto Capa, em vídeo publicado nas redes sociais neste sábado (14), data que celebra o Dia Internacional da Capivara.

“Mais de 100 capivaras vivem na região, contribuindo para o ecossistema local, já que representam exemplos de diversidade da fauna na cidade de São Paulo. Contudo, a movimentação da espécie pode, eventualmente, colocar em perigo não apenas os animais, mas os humanos, tendo em vista que mais de 400 mil veículos passam pela Marginal Pinheiros diariamente, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O risco de acidentes é real e, inclusive, há histórico”, afirmou o gerente de negócios da Belgo Arames Guilherme Vianna, na nota.

Foto: Carlos Henrique Dias/g1

E complementou: “Com isso, protegemos a vida desses mamíferos roedores na região e, adicionalmente, contribuímos para a redução de acidentes envolvendo animais e humanos nessa importante via de São Paulo, onde a velocidade permitida aos veículos é de 90 km/h.

O Projeto CAPA monitora e cuida de mais de 60 espécies de animais silvestres ao longo do Rio Pinheiros, especialmente das capivaras.

Em sua área de atuação – nas margens da Ciclovia do Rio Pinheiros e do Parque Bruno Covas –, monitora e atende mais de 10 grupos, que totalizam mais de 120 exemplares da espécie Hydrochoerus hydrochaeris.

A ONG também resgata e trata animais domésticos feridos, promovendo sua adoção.

O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE) afirmaram, por meio de nota, que possuem uma parceria com a ONG CAPA, para auxiliar em ações nas áreas de atuação de ambas as empresas.

“O DAEE vem executando intervenções no Rio Pinheiros nos últimos anos, como a implantação de rampas de acesso para a fauna – particularmente capivaras – nas contenções das margens do rio. Por isso, o departamento forneceu mão de obra para a colocação das telas no local.

Já a participação da EMAE tem sido com a instalação de placas de alerta de presença de animais na região para evitar atropelamentos.”

Fonte: g1

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