Depois de passar a noite em observação em clínica veterinária conveniada com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), o tatu galinha resgatado pela Equipe de Fauna Silvestre foi devolvido à natureza nesta quarta-feira. Ele foi submetido a exames clínicos e, como não apresentou problemas de saúde além de estresse ocasionado pelos maus-tratos que sofreu antes de ser resgatado, pode retornar ao seu habitat.
O animal foi libertado junto ao Morro São Pedro, na Estrada das Quirinas, em Porto Alegre. Da espécie Dasypus novemcinctus, o tatu foi resgatado na Vila São José. Segundo uma moradora da região, ele teria sido capturado por adolescentes em uma mata. O exemplar trata-se de um macho, com cerca de seis meses de idade.
O Tatu Dasypus novemcinctus é um mamífero silvestre que vive em matas, tem hábitos noturnos e alimenta-se de pequenos animais, raízes, frutos, ovos e tubérculos. É uma das 10 espécies mais apreendidas pelo Ibama.
Entenda o caso
O tatu havia sido capturado por adolescentes e estaria sofrendo maus-tratos, por isso, após denúncia, ele foi resgatado por equipe da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) na Vila São José, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na tarde da última segunda-feira.
De acordo com a Smam, uma moradora da região, que é estudante de veterinária, teria resgatado o animal enquanto ele era agredido por adolescentes com chutes e pedras. Ela acionou a secretaria que, por meio da equipe de Fauna Silvestre, encaminhou o animal a uma clínica conveniada.
De acordo com a coordenadora da equipe de Fauna Silvestre da Smam, Soraya Ribeiro, o tatu passou por exames e nenhuma fratura foi identificada. Ele deve ser solto nos próximos dias em uma área de preservação próxima ao Morro São Pedro, na Restinga.
“O tatu ainda não está em extinção. No entanto, é um animal que sofre muita pressão de caçadores. É preciso preservá-lo e respeitá-lo em seu ambiente natural”, alertou a coordenadora.
Com informações de Zero Hora