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SENCIÊNCIA

Tartarugas têm sentimentos como os seres humanos, diz novo estudo

Pesquisa publicada na revista científica Animal Cognition revelou que répteis também podem vivenciar estados de humor duradouros

13 de julho de 2025
1 min. de leitura
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Jabuti-piranga – Getty Images

Um novo estudo conduzido pela Universidade de Lincoln, na Inglaterra, revelou que répteis também podem vivenciar estados de humor duradouros — algo até então associado principalmente a mamíferos e aves.

A pesquisa, publicada na revista científica Animal Cognition, analisou o comportamento de 15 jabutis-piranga (Chelonoidis carbonaria) por meio de testes com viés cognitivo, comumente aplicados em humanos e outros vertebrados mais próximos do nosso convívio. O objetivo era investigar como esses jabutis reagiam a situações ambíguas e se essas respostas poderiam refletir estados emocionais persistentes.

Os resultados, conforme informações do portal Galileu, foram surpreendentes: os animais criados em ambientes mais estimulantes, chamados de “ambientes enriquecidos”, demonstraram reações mais otimistas e menos ansiosas diante de novidades ou desafios. Essa disposição mais positiva, segundo os cientistas, é um forte indicativo de que esses répteis conseguem experimentar emoções duradouras.

“Essa é uma descoberta empolgante, que representa uma mudança significativa na nossa compreensão sobre aquilo que os répteis podem vivenciar”, afirmou Oliver Burman, especialista em comportamento e bem-estar animal e co-autor do estudo.

Implicações

Embora ainda não vejamos jabutis sorrindo ou chorando, a pesquisa mostra que eles não são tão indiferentes emocionalmente quanto se pensava. Para Anna Wilkinson, professora de Cognição Animal e principal autora do trabalho, esse conhecimento tem implicações diretas no modo como tratamos esses animais.

Além disso, o estudo abre caminhos para investigações mais amplas sobre a evolução dos estados afetivos entre os vertebrados. Afinal, mesmo que silencioso, um jabuti pode estar vivendo um dia tão complexo quanto o nosso.

 

Fonte: AH

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