As tartarugas marinhas estão sofrendo com as mudanças climáticas. O frio extremo que começou antes do esperado está prejudicando a saúde das tartarugas e afetando sua migração.
O Centro de Resgate Marinho de Nova York, nos Estados Unidos, afirma que está ajudando um número recorde de tartarugas marinhas em Long Island, que estão simplesmente atordoadas pelo frio intenso.
Em uma trilha particular, a bióloga Jill Pryor começou a procurar tartarugas em um trecho remoto da praia em Cutchogue. “Temos trechos muito longos de praias, então, às vezes, precisamos caminhar bastante”, disse Pryor.
Com foco total, eles procuram por tartarugas atordoadas pelo frio, que, nesta época do ano, após um verão mais longo que o habitual, não receberam o sinal da natureza para migrar.
Agora, as temperaturas caíram rápido e ficaram muito baixas. “Elas têm pneumonia, danos no casco. Algumas têm batimentos cardíacos de 1 por minuto”, disse Maxine Montello, diretora executiva do Centro de Resgate Marinho de NY.
“Então, tocamos o canto do olho delas, e não vejo nenhuma resposta. Mas, se toco a nadadeira, ele dá uma pequena resposta”, explicou Pryor.
O que acontece no centro de resgate é uma espécie de triagem de cinco dias, onde as tartarugas, muitas vezes sob medicação, precisam ter suas temperaturas aumentadas gradualmente até voltarem ao normal. Nesta temporada, que está movimentada devido à queda rápida de temperatura, eles já resgataram 44 tartarugas.
Pryor recebeu o sexto chamado em apenas quatro horas, e é para a espécie de tartaruga mais criticamente ameaçada, conhecida como tartaruga-de-Kemp. “Elas são a espécie mais ameaçada de extinção no mundo”, disse Montello.
Graças aos moradores que ligaram para a linha direta do centro, tartarugas atordoadas pelo frio já foram resgatadas. A temperatura de uma das tartarugas está em apenas 2,1 graus Celsius, mas, com sorte, assim como as outras, ela é uma lutadora.