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Tartarugas do deserto podem perder único abrigo de proteção e conservação da espécie nos EUA

27 de agosto de 2013
2 min. de leitura
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Tartaruga ameaçada é examinada por bióloga. (Foto: AP Photo/Isaac Brekken)
Tartaruga ameaçada é examinada por bióloga.
(Foto: AP Photo/Isaac Brekken)

Por décadas, as tartarugas do deserto, ameaçadas de extinção, levaram uma vida protegida no Centro de Conservação da Tartaruga do Deserto, ao sul de Las Vegas, nos Estados Unidos.

Desenvolvedores têm se esforçado para manter o animal seguro e autoridades ligadas à vida selvagem criaram a reserva de conservação para a espécie. Mas essa moradora do deserto agora enfrenta uma ameaça que vêm das próprias pessoas que a têm alimentado.

Os fundos federais estão se esgotando no Centro de Conservação da Tartaruga do Deserto e funcionários planejam fechar o local e matar centenas de tartarugas que vêm recebendo cuidados desde que a espécie entrou para a lista de espécies ameaçadas, em 1990.

“É o menor de dois males, mas ainda assim é um mal”, disse o coordenador de recuperação da tartaruga do deserto do Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA Roy Averill-Murray, durante uma visita à reserva ao sul de Las Vegas, na semana passada.

Durante a visita de Averill-Murray, biólogos faziam seu trabalho normalmente, examinando as tartarugas para verificar sinais de doenças. Mas o abrigo vai deixar de resgatar novos animais nos próximos meses.

O Bureau de Administração das Terras tem financiado o abrigo e as pesquisas sobre as tartarugas com multas impostas a construtores que infringiam o habitat das tartarugas em terras públicas.

Enquanto havia um boom de construções nos anos 2000 no sul de Nevada, o orçamento das tartarugas era alto. Mas, com a recessão, o mercado de casas se contraiu e o governo local passou a ter dificuldade de conseguir o orçamento anual de US$1 milhão para as tartarugas.

Hoje, não há mais do que 100 mil tartarugas do deserto onde antes se espalhavam milhões de animais da espécie pelos estados de Utah, Califórnia, Arizona e Nevada.

O animal chegou a ser tão abundante que turistas chegavam ao cúmulo de os levarem como suvenires. Muitas das tartarugas hoje na reserva são ex-animais domesticados, devolvidos pelos turistas ao perceberem que a espécie estava ameaçada.

A maioria dos animais não podem ser soltos no ambiente, pois estão infectados com doenças ou muito fracos para sobreviverem. Averill-Murray quer salvar, pelo menos, as atividades de pesquisa desenvolvidas no local e procura uma maneira alternativa de financiá-las.

Fonte: G1

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