Simpáticos, presentes em vários filmes e fábulas, os quelônios são animais inconfundíveis, graças à sua principal característica: um “casco” ósseo, dividido em duas partes, conhecidas como carapaça (dorsal) e plastrão (ventral). Este casco é fundido à coluna vertebral e às costelas e, na maioria das espécies, coberto por placas de origem dérmica. Apesar de serem genericamente chamados de “tartarugas”, esses animais apresentam diferenças que os colocam em três grupos distintos, popularmente conhecidos como tartarugas, cágados e jabutis.

Mas quais diferenças seriam essas?

O ponto de partida para distingui-los é a forma como retraem o pescoço, o que os coloca em dois grupos (subordem): os Pleurodira e os Cryptodira.

Pleurodira

Os Pleurodira formam um “S” horizontal, ao retrair o pescoço, deixando a lateral do mesmo à mostra.

A esse grupo pertencem os cágados, animais dulcícolas (vivem em água doce). Algumas espécies, como a tartaruga-da-amazônia, deixam a água apenas na época da postura dos ovos, enquanto outras, como o jabuti-machado, transitam entre o ambiente aquático e o terrestre. Suas patas, em forma de remos, apresentam membranas entre os dedos e a carapaça achatada, o que facilita a natação. As unhas auxiliam a locomoção no ambiente terrestre.

Cryptodira

Os representantes dos Cryptodira formam um “S” vertical ao retrair o pescoço, o que faz com que seu focinho fique à mostra, quando olhados de frente. Tartarugas-marinhas, jabutis e tartarugas de água doce pertencem a esse grupo.

A carapaça reduzida das tartarugas-marinhas e sua forma hidrodinâmica, aliada às patas dianteiras em forma de nadadeiras e às traseiras em forma de remos, fazem-nas nadadoras bem eficientes. Esses animais deixam a água apenas na época da desova.

As tartarugas de água doce apresentam, assim como os cágados, carapaça achatada e membranas entre os dedos, além das unhas.

Já os jabutis são terrestres, apresentam o casco alto e pesado e as patas (principalmente as traseiras) cilíndricas, semelhantes às dos elefantes.

Independente de como são conhecidos, alguns desses animais encontram-se em sério risco. Degradação do hábitat, seja por desmatamento seja por queimadas ou poluição, pesca acidental, captura e venda como animais domésticos ou consumo e coleta dos ovos são alguns dos fatores que os colocam sob ameaça.

Fonte: Fauna News