(da Redação)
A equipe de salvamento a transferiu para o Projeto Tamar em Florianópolis (SC) onde recebeu tratamento adequado ao seu estado de saúde. Ao chegar, os médicos perceberam uma linha de nailon saindo por sua cloaca, o exame de radiologia indicou que o animal havia engolido um anzol com linha que ficou preso no esôfago.
Após tentativas, sem sucesso, para localizar o objeto através de endoscopia, o animal foi submetido à cirurgia. Apesar de a operação ter sido muito bem sucedida, a linha não pôde ser retirada, pois estava enrolada pelo aparelho gástrico. O próprio organismo do animal expeliu o objeto alguns dias depois, conforme verificação das fezes pelo especialistas.
A tartaruga foi mantida em tanque especial separada em supervisão, a fim de recuperar-se da cirurgia e em observação para verificar se não apresentava outros problemas de saúde. A tartaruga está longe do espaço de visitação, pois, segundo o coordenador técnico do Projeto, o biólogo Gustavo Stalehin, como será devolvida ao ambiente marinho, deve ter o mínimo contato possível com os seres humanos.
O animal recebeu um transmissor para ser monitorado, pois, de acordo com o biólogo, o indivíduo encontrado tem grande valor científico, já que torna-se muito difícil observar machos adultos da espécie em questão, em meio natural, portanto, há poucas informações sobre seus hábitos de vida, rotas migratórias, alimentação e profundidade na qual vivem. Em relação às fêmeas, os dados podem ser obtidos na época da desova.