A tartaruga marinha da espécie cabeçuda, resgatada pela equipe do setor de Fauna da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semmaurb), no último dia 29 e encaminhada ao Projeto Tamar da Petrobras, está reagindo ao tratamento e tem chances de recuperação.
A informação é da bióloga da Semmaurb, Carmem Daumas, que entrou em contato com o Protejo Tamar, localizado no Farol de São Tomé, em Campos dos Goytacazes. De acordo com a bióloga, a tartaruga, de espécie ameaçada de extinção, está dando boas respostas aos tratamentos realizados.
“Entramos em contato com o Projeto da Petrobras e fomos informados que a tartaruga está no soro e ocasionalmente tem sido passada a sonda de alimentação”. A bióloga do Tamar que está cuidando da tartaruga marinha confirmou que ela tem grandes chances de se recuperar. “Provavelmente, ela tenha sido atingida até por um barco pesqueiro, o que ocasionou a sua enfermidade” – revelou.
A bióloga lembra da importância da participação da comunidade na preservação dos animais ameaçados de extinção.
“É muito importante a participação da sociedade, quando encontrar um animal, principalmente se ele estiver na lista de espécies em extinção. Caso isso aconteça é só entrar em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, através do telefone (22) 2762-4802 e informar ao setor de Fauna”, acrescentou.
O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Maxwell Vaz, disse que aposta na recuperação da tartaruga e na parceria institucional com o Projeto Tamar, que está cuidando para que a tartaruga retorne em breve ao mar.
Entusiasmado, ele lembrou também da reabilitação do macaco bugio – o Bahuan, que também se recupera no Parque Atalaia para ser devolvido ao seu habitat natural – a Mata Atlântica.
” Temos a convicção de que o Tamar está fazendo a sua parte na recuperação da tartaruga e colaborando na conservação de nossa fauna regional. Assim como visitamos o Bahuan, em plena recuperação no Parque Atalaia, pretendemos também ver a tartaruga mestiça. Já acenamos um agendando com a Petrobras para visitar a ‘cabeçuda’ ” – assegurou.
Uma espécie em extinção – A tartaruga cabeçuda, uma espécie ameaçada de extinção é um animal jovem, que mede cerca de 30 centímetros e quando adulta pode crescer até um metro de diâmetro. É onívora, podendo se alimentar de crustáceos, principalmente camarões, moluscos, águas-vivas, hidrozoários, ovos de peixes e algas. Habitam normalmente profundidades rasas até cerca de 20 metros. Existem registros de mergulhos até cerca de 230 m de profundidade. Suas mandíbulas poderosas lhe permitem triturar as conchas e carapaças de moluscos e crustáceos.
Fonte: ABN