Uma tartaruga-cabeçuda voltou para o mar após quase dois meses de recuperação no Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise da Saúde da Fauna Marinha (CRED) da UFPR. Ela estava com lixo no estômago.
Segundo a equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC), o animal foi solto distante da costa, na região ao norte do Parque Nacional do Superagui (PR), próximo à Ilha da Figueira.
“É um momento muito emocionante para a equipe do nosso projeto porque esse animal chegou muito debilitado, com marcas de redes de pesca e defecando lixo”, relatou o médico veterinário Fábio Lima.
Lesões profundas e lixo ingerido
De acordo com informações do portal UOL, ao ser resgatada a tartaruga apresentava lesões profundas na nadadeira direita, na carapaça, barriga, cabeça, pescoço, e até mesmo algumas fraturas, incluindo exposição óssea.
Ela passou por raio-X e recebeu os primeiros tratamentos para a estabilização, como também por procedimentos para facilitar a cicatrização das lesões. Após isso e dos tratamentos para eliminar o lixo que tinha ingerido, houve uma melhora gradual do animal até que fosse considerado apto para soltura.
Animais mortos
No mês de setembro do ano passado, foram encontrados vários animais marinhos mortos em praias paranaenses.
As equipes do do Laboratório de Ecologia e Conservação de Mamíferos e Répteis Marinhos (LEC), do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (UFPR), recolheram tartarugas marinhas e pinguins em busca de entender os motivos que levaram à morte.
Muitos dos animais foram encontrados em fase adiantada de decomposição, o que infelizmente impediu a autópsia.