Uma tartaruga-marinha foi resgatada, no início da manhã dessa quinta-feira (17), na praia da Ponta d’Areia, em São Luís, após ficar presa em uma rede de pesca.

O animal foi resgatado pelo tenente da Polícia Militar do Maranhão (PM-MA), Emerson Silva Sousa, lotado no 1° Batalhão de Polícia Militar de Turismo do Maranhão (BPTur). O resgate foi registrado, em vídeo, por pessoas que acompanhavam o trabalho policial.

Segundo o BPTur, o caso aconteceu por volta das 6h, quando uma equipe de motopatrulhamento, que fazia rondas na área da orla, foi acionada por pessoas que notaram o animal preso à rede de pesca.

Os policiais acionaram o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) e, enquanto aguardavam a chegada da equipe, eles perceberam que o mar estava muito agitado, colocando a vida do animal em risco. Diante disso, o tenente Emerson Silva se prontificou a resgatar a tartaruga.

Mesmo com a força da correnteza e da grande quantidade de pedras, o policial retirou o fardamento e se jogou no mar, nadando até onde estava o animal.

O PM conseguiu pegar a tartaruga e a levou até a margem, em uma área mais seca, onde os bombeiros já se encontravam e auxiliaram na soltura e devolução do animal ao mar.

“Começamos a cortar a rede e os bombeiros identificaram que ela não estava ferida e que poderia ser devolvida ao mar e, dessa forma, foi feito. Então, estamos muito felizes por ter conseguido realizar esse resgate”, destacou o tenente, após fazer o resgate da tartaruga.
Tartaruga é resgatada na praia da Ponta d’Areia, em SL, após ficar presa em rede de pesca

Espécies em risco

No litoral maranhense, as duas espécies de tartarugas-marinhas mais comuns são a verde e a oliva, e as principais causas de encalhe desses animais são a pesca, a poluição e o descarte irregular de lixo.

Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o projeto de pesquisa “Queamar”, voltado para a proteção desses animais, já resgatou quatro tartarugas este ano, na costa maranhense, mas nenhuma sobreviveu.

“Elas usam o litoral do Maranhão pra alimentação. A verde ela desova em ilhas oceânicas, e a oliva desova no litoral, na costa. Aqui no Maranhão, a desova que a gente encontra são de tartaruga-de-pente”, explica Larissa Barreto, que é professora do Departamento de Oceanografia da UFMA.

Fonte: G1