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LONGEVIDADE

Tartaruga Jonathan, o animal mais velho do mundo, viverá mais um natal aos 193 anos de idade

20 de dezembro de 2025
Vivian Guilhem/ Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: reprodução / Redes Sociais

Jonathan, a tartaruga gigante da espécie Aldabrachelys gigantea, atravessa mais um mês de dezembro em Santa Helena, a pequena ilha britânica no Atlântico Sul que se tornou seu lar desde 1832. Em 2025, ele completou 193 anos e, com isso, viverá mais um Natal, um feito que o mantém como o animal terrestre mais velho do mundo reconhecido oficialmente pelo Guinness World Records.

A idade de Jonathan foi estimada a partir de registros históricos que indicam seu nascimento no início do século XIX. Quando chegou à ilha, ainda jovem, o mundo era outro. Impérios se reorganizavam, tecnologias ainda engatinhavam e gerações humanas inteiras sequer haviam nascido. Quase dois séculos depois, Jonathan permanece ali, tornando-se uma testemunha viva da passagem do tempo e um marco para a ciência.

O reconhecimento do Guinness consolidou sua relevância não apenas como curiosidade histórica, mas como referência fundamental para estudos sobre longevidade animal. Pesquisadores veem em Jonathan uma oportunidade rara de compreender como determinados organismos conseguem manter funções vitais por períodos extraordinariamente longos.

Especialistas explicam que a longevidade das tartarugas está ligada a pressões evolutivas antigas. A alta taxa de predação de ovos ao longo da história obrigou essas espécies a sobreviver por décadas para garantir que, ao longo da vida, parte da prole chegasse à fase adulta. Viver muito tornou-se uma estratégia de sobrevivência.

No nível biológico, fatores como o funcionamento dos telômeros ajudam a explicar esse fenômeno. Nas tartarugas, essas estruturas do DNA se desgastam de forma mais lenta, preservando os cromossomos e reduzindo falhas genéticas associadas ao envelhecimento. Esse processo contribui para a estabilidade celular ao longo do tempo.

Outro aspecto relevante é a eficiência da apoptose, o mecanismo de eliminação de células danificadas. Nos quelônios, esse sistema atua com maior precisão, reduzindo o risco de doenças degenerativas e de câncer, mesmo em idades extremas. Soma-se a isso um sistema imunológico robusto, capaz de combater infecções e células tumorais de forma mais eficaz ao longo da vida.

Além dos fatores biológicos, o ambiente também desempenha papel importante. Jonathan vive em condições controladas, sem predadores, com alimentação adequada e acompanhamento veterinário constante, o que complementa os mecanismos naturais que sustentam sua longevidade.

Neste Natal, enquanto famílias se reúnem para celebrar mais um ciclo que se encerra e outro que começa, Jonathan seguirá sua rotina tranquila em Santa Helena. Sua presença atravessa séculos e reforça a dimensão do tempo na natureza, transformando mais um fim de ano em um marco raro, celebrado não apenas pela idade, mas pela continuidade da vida. Feliz Natal Jonathan!

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