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Tartaruga gigante encalha em Lagoa dos Patos (RS)

17 de julho de 2010
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Animal de 1m30cm e 189 quilos foi levado para centro da Furg (Foto: Reprodução/Zero Hora)

A força dos braços de seis homens não foi suficiente para erguer 189 quilos. Mais quatro entraram na força-tarefa que movimentou a tartaruga gigante, visitante ilustre na tarde de ontem no Museu Oceanográfico de Rio Grande, no sul do Estado.

A aparição da maior espécie de tartaruga marinha existente, também chamada de tartaruga de couro (Dermochelys coriacea), surpreendeu os pesquisadores do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (Cram), ligado à Universidade Federal de Rio Grande (Furg). Eles viram que ela não recebe tal nome em vão: pode chegar a dois metros de comprimento e a pesar até 750 quilos.

Oceânico, o animal que mergulha até mil metros para buscar seu alimento encalhou em uma pequena praia da Lagoa dos Patos. Por volta do meio-dia, pescadores o avistaram. Espantados pelo tamanho do achado – 1m30 de comprimento –, acionaram a Polícia Ambiental e o Cram. Às 16h, o barquinho de madeira atracou no píer do museu com a gigante, ameaçada de extinção.

“A tartaruga deve ter sido trazida pelo vento sul, que coloca água salgada na laguna. Ao entrar no estuário, se perdeu. Percorreu uns 20 quilômetros dentro da Lagoa dos Patos. Ia morrer desidratada”, explicou o diretor do Museu Oceanográfico, Lauro Barcellos.

Após içarem a tartaruga do barco para uma balança, pesaram, tiraram uma amostra de sangue e avaliaram suas condições.

Fêmea, próxima da idade adulta, apresentava pequenos cortes, mas foi considerada saudável, apta a voltar ao mar.

Em um carrinho de mão, a visitante foi levada até a outra ponta do píer, onde uma lancha a aguardava. Na embarcação, ganhou um banho de mangueira para se hidratar, antes de ser solta a seis quilômetros da costa.

Ficha técnica

– Nome científico: Dermochelys coriacea
– Características: o casco é composto por uma camada de pele fina e resistente, e milhares de pequenas placas ósseas, formando sete quilhas, que lhe dão um formato cilíndrico
– Tamanho: até 2m de comprimento
– Alimentação: carnívora, alimenta-se de águas-vivas e medusas
– Situação: criticamente ameaçada de extinção – cerca de 34 mil fêmeas em idade reprodutiva
– Ocorrência no RS: rara. É um animal que vive em águas profundas, em regiões tropicais e temperadas

Fonte: Zero Hora

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