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Tartaruga fica com o corpo deformado devido à poluição nos EUA

15 de junho de 2015
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Plástico jogado no chão acabou deformando completamente a tartaruga Peanut Foto: BBCBrasil.com
Plástico jogado no chão acabou deformando completamente a tartaruga Peanut
Foto: BBCBrasil.com

O animal ainda não tinha nome. Naquela época, era uma tartaruga comum que vivia em Missouri (EUA) e, como animal semiaquático, passeava pela margem de um rio.
Tudo mudou quando a tartaruga acabou envolta em uma embalagem plástica, do tipo usado em latas de cerveja e refrigerante, jogada no chão.
O animal ficou preso ao plástico e, com o passar dos anos, teve seu corpo moldado por ele. Como se tivesse um espartilho preso ao corpo, ela se viu deformada ao crescer enquanto tentava se adaptar ao plástico.
Vulnerável
Assim, aos nove anos, seu corpo ficou com forma de ampulheta, parecendo um amendoim com a casca pela metade.
As tartarugas não costumam ser muito rápidas, mas aquelas condições faziam com que ela ficasse ainda mais vulnerável aos predadores.
Por sorte, alguém a encontrou e a levou para o Zoológico de San Luis, uma cidade portuária construída ao longo da costa do rio Mississipi. Era 1993.
Os veterinários a batizaram de Peanut (amendoim) e finalmente retiraram o pedaço de plástico dela.
Mas o dano já estava feito. Peanut nunca voltaria a ter a forma de uma tartaruga comum. Diante disso, doaram-na para o Departamento de Convervação de Missouri para que tomassem conta dela.
“Se isso tivesse ocorrido com uma lontra, o animal provavelmente havia morrido por uma infecção”, diz o departamento. “Mas como Peanut tem esse casco que protege seu corpo, pôde sobreviver, ainda que alguns de seus órgãos (como os pulmões) não funcionem corretamente.”
Hoje, aos 30 anos, a tartaruga segue vivendo em um aquário, longe de ameaças que encontraria em seu habitat.
Além disso, a foto de Peanut foi usada para divulgar a campanha “No more Trash” (Chega de lixo, em português), lançada em conjunto pelos departamentos de Conservação e Transporte de Missouri.
Foram meses de trabalho dos voluntários – além das campanhas para limpar rios, eles fizeram sessões informativas para conscientizar a população para que produza menos lixo, recicle mais e não jogue nada em lugares indevidos.
Fonte: Terra Notícias

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