Uma tartaruga-de-couro com cerca de 1,6 metros foi encontrada morta na praia da Sereia, na Costa da Caparica (Almada), Portugal, disse fonte do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).
A tartaruga da espécie “Dermochelys coriacea” – com estatuto de Criticamente Ameaçada pela UICN (União Internacional para a Conservação) – estava já em “avançado estado de decomposição” e não revelava vestígios de “agressão humana” nem de ter sido apanhada por redes de pesca.
O animal foi encontrado pelo Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), tendo o caso passado para os técnicos do ICNB. Fonte do instituto disse que é comum este tipo de tartarugas, que vivem habitualmente em alto mar e só se aproximam do litoral para desovar, darem à costa portuguesa já mortas.
O temporal da noite de domingo, o estado do mar e as fortes correntes poderão ter contribuído para que a tartaruga tivesse sido arrastada para a Costa da Caparica, segundo o ICNB.
A remoção da tartaruga será feita amanhã pelos serviços de Proteção Civil da Câmara Municipal de Almada.
A tartaruga-de-couro, que se alimenta de medusas, é a maior de todas as tartarugas, podendo atingir cerca de dois metros de comprimento por 1,5 metros de largura.
De acordo com a UICN, a espécie registra um grande declínio da atividade reprodutora, principalmente nas populações do Pacífico.
“Estima-se que, em menos de uma geração, o número de fêmeas adultas da população global tenha sofrido uma redução superior a 70%”, diz a organização. Algumas das populações mais importantes entraram em colapso, especialmente por causa da captura dos ovos e nas redes de pesca.
Fonte: Ecosfera