EnglishEspañolPortuguês

Tartaruga de 1,5m é encontrada morta na praia de Ponte Verde

8 de setembro de 2013
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Sandro Lima
Foto: Sandro Lima

A cena triste chamou a atenção de muitos curiosos na Praia de Ponta Verde. Uma tartaruga da espécie cabeçuda, de cerca de um metro e meio de comprimento e 300 quilos, considerada gigante, foi encontrada morta por banhistas na tarde de ontem, em Maceió.

De acordo com Bruno Stefanis, do Instituto Biota de Conservação, o animal já era adulto e estava em avançado estado de decomposição, quando foi localizado na areia da praia.

Ele disse que pelo fato de o animal não ter a anilha (marcador) é difícil saber qual o local de origem da tartaruga.

“Geralmente as tartarugas morrem em alto mar e depois da emissão de gases, elas flutuam e são jogadas para as margens da praia”, explicou o biólogo.

A turista Josemir da Silva, que tinha acabado de chegar à cidade, ficou assustada com a morte do animal, sobretudo pelo seu tamanho.

Ela aproveitou para ensinar ao neto, de quatro anos de idade, a não jogar lixo no mar, o que pode ter provocado a morte do animal adulto.

“Só tinha visto tartaruga viva, no Projeto Tamar, mas morta é a primeira vez: chocada com a cena”, disse.

Sem estrutura

Bruno Stefanis enfatizou que o animal seria levado para a sede do Instituto Biota para que fosse investigada a causa da morte da tartaruga, porém ele esbarrou na falta de um veículo para a remoção do animal.

Funcionários da Viva Ambiental, empresa de limpeza urbana, cavaram um buraco na areia da praia para enterrar a tartaruga.

Segundo Bruno, o aterro sanitário de Maceió deveria, na prática, ter uma célula para animais mortos. “Na teoria deve ter, agora na prática…”, criticou.

A tartaruga ‘Cabeçuda’, cujo nome científico é Caretta caretta, está ameaçada no Brasil.

As áreas prioritárias de desova dessa espécie estão localizadas no norte da Bahia, Espírito Santo, norte do Rio de Janeiro e Sergipe.

Recorrente

No mês passado, 11 tartarugas foram encontradas mortas no litoral alagoano. Segundo especialistas, o mês registra mais casos como esses porque é o início do período de desova do animal, que se aproxima da costa e acaba morrendo nas redes de pesca ou pela poluição do mar.

Fonte: Tribuna Hoje

Você viu?

Ir para o topo