A tartaruga-da-amazônia é a espécie de quelônio mais ameaçada de extinção na avaliação do cientista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Richard Vogt, que no próximo dia 9 de agosto receberá o 9º Prêmio Behler de Conservação de Tartarugas, em Orlando, Flórida (EUA).
Das 16 espécies existentes na Amazônia brasileira, Vogt destaca que a tartaruga-da-amazônia é a mais ameaçada por conta do consumo da carne e pelo grande interesse econômico despertado por ela. Segundo o pesquisador, apesar da existência de inúmeros projetos em conservação, a fiscalização por parte dos órgãos públicos e a implantação de criadouros legalizados (criação em cativeiro), a ameaça continua contra essa espécie.
“Tem gente que pensa que tartaruga é para servir de comida para o homem, mas, na verdade, o lugar das tartarugas é na natureza para servir de proteína, em forma de ovos e filhotes, para outros animais (lontras, ariranhas, jacarés, pássaros e muitos peixes) que precisam dessa fonte de alimento para sobreviver”, defende o pesquisador.
Vogt conta que, em 1890, Tefé (AM) possuía a maior população de tartarugas do Brasil e, hoje, essa população, no rio Solimões, “praticamente acabou”. “Na Reserva de Mamirauá, que fica no município de Tefé, por exemplo, existem somente 25 fêmeas desovando”, afirmou.
Fonte: A Crítica