É importante lembrar que a cada mil tartarugas que nascem, apenas uma ou duas sobrevivem e completam seu ciclo de vida
Por David Arioch
A Fundação Pró-Tamar e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), parceiros no Projeto Tamar, anunciam que em breve chegarão a marca de 40 milhões de tartarugas marinhas protegidas. Isso deve acontecer com a próxima temporada de desova das tartarugas, quando cerca de dois milhões de filhotes nascem nas praias brasileiras monitoradas pelo Projeto Tamar.
O fundador do Tamar, Guy Marcovaldi, diz que a tartaruga de número 40 milhões já existe e navega em uma viagem transcontinental rumo às praias brasileiras. Segundo ele, é importante lembrar que a cada mil tartarugas que nascem, apenas uma ou duas sobrevivem e completam seu ciclo de vida. O presidente do ICMBio, Homero Cerqueira, disse que o resultado é fruto da união de esforços para salvar a vida de milhões de tartarugas marinhas.
Em parceria com o ICMBio, o projeto Tamar contribui para a recuperação de quatro espécies de tartarugas marinhas: tartaruga-oliva, tartaruga-de-pente, tartaruga-cabeçuda e tartaruga-de-couro. O trabalho do Tamar garante também a estabilidade da tartaruga-verde em Fernando de Noronha (PE) e Trindade (ES).
A missão do projeto inclui pesquisa, conservação e manejo das cinco espécies, todas ameaçadas de extinção. O Tamar ainda trabalha na proteção de tartarugas jovens e adultas resgatadas de captura incidental na pesca. Acidentes com redes e anzóis, plásticos e o trânsito de veículos nas praias são fatores de risco para os animais.
Atualmente o projeto está presente em 26 localidades, distribuídas em áreas prioritárias de desova, alimentação, migração e descanso. A cada temporada reprodutiva, o número de filhotes que nasce nas praias monitoradas pelo Tamar passa de dois milhões, além de muitas tartarugas que são protegidas e salvas da captura incidental na pesca.
Gratidão por estar conosco! Você acabou de ler uma matéria em defesa dos animais. São matérias como esta que formam consciência e novas atitudes. O jornalismo profissional e comprometido da ANDA é livre, autônomo, independente, gratuito e acessível a todos. Mas precisamos da contribuição, independentemente do valor, dos nossos leitores para dar continuidade a este imenso trabalho pelos animais e pelo planeta. DOE AGORA.