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Tamanduá é encontrado em chácara e devolvido à natureza, em Piracicaba (SP)

29 de outubro de 2010
2 min. de leitura
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O Corpo de Bombeiros de Piracicaba (SP) capturou ontem (28), numa chácara do bairro Glebas Califórnia, um tamanduá-mirim macho. O tipo de ocorrência surpreendeu até mesmo a corporação, já que a espécie não é comum por esta região. “Em seis anos no Corpo de Bombeiros, é a primeira vez que vejo este animal aparecer em Piracicaba”, declarou o soldado Ruiz.

Bastante cansado e com sono, o animal deu a maior canseira nos soldados Leme e Ruiz. Eles subiram cada um em uma árvore. Ruiz carregava nas mãos um puçá (pequena rede rede em forma de cone curto e munida de cabo), que o tamanduá segurava com duas patas para evitar sua captura. As garras são a defesa do animal.

Trinta minutos depois da ‘lambança’, o tamanduá foi para uma gaiola espaçosa e levado para o Posto de Bombeiros da avenida Independência. Às 17h30 de ontem, os bombeiros soltaram o bichinho em uma área da rodovia Piracicaba – Anhembi.

Leme contou que mal abriu a gaiola, o tamanduá ‘voou’ para a mata. “Acho que ele não via a hora de voltar ao seu habitat”, disse.

No posto

Ontem à tarde, o animal passou a maior parte do tempo fechando os olhos, demonstrava estar com muito sono, mas mal conseguia cochilar por conta da curiosidade das pessoas em vê-lo de perto.

É a segunda captura deste tipo de animal esta semana. Na segunda-feira (25), os mesmos bombeiros capturaram uma fêmea numa casa do Jardim Brasília. De acordo com Leme e Ruiz, o dono da residência desconhecia esta espécie de animal.

“Ele ligou e disse: tem um bicho enorme na porta do meu carro e não consigo entrar no veículo. Quando chegamos lá era o tamanduá”, explicou Ruiz.

Soltura

A veterinária Marianna Ricciardi Curi, do Zoológico de Piracicaba, explicou que não havia necessidade de o tamanduá ser colocado em cativeiro para reabilitação, porque “ele não tinha ferimentos e estava bem de saúde. O correto é voltar para o habitat dele. Foi o mesmo que aconteceu com a fêmea na segunda-feira”, observou.

Espécie

O tamanduá-mirim possui cabeça, pernas e parte anterior do dorso de coloração amarelada. O restante do corpo é negro, formando uma espécie de colete, cauda longa e patas anteriores com quatro grandes garras.

Ele tem hábitos preferencialmente noturnos, mas também costuma sair em busca de alimento durante o dia. Se alimenta preferencialmente de formigas, segundo os bombeiros.

Fonte: Gazeta de Piracicaba

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