Um pinguim foi resgatado por um surfista após bater nas pedras de uma praia em Guarujá, no litoral de São Paulo. Diego Bispo, de 35 anos, que também trabalha como videomaker, contou que avistou o animal através de um drone e decidiu entrar no mar para ajudá-lo.
O surfista explicou que costuma fazer filmagens com drone na Praia do Tombo todos os dias. Ele inclusive já filmou arraia, baleia e golfinho. Assim que viu o pinguim nas águas começou a gravá-lo.
“Ele estava muito perto das pedras e veio uma série [ondas] que jogou ele lá para dentro [das pedras]. Ele ficou se batendo nas pedras […]. Eu filmando aquilo e vendo já estava desesperado”, afirmou Diego.
Com o drone, o surfista viu que o pinguim conseguiu sair das pedras sozinho. Mas, assim como mostram as imagens, o animal ficou debilitado e não mexia mais a parte das patas.
Diego foi para casa, também na Praia do Tombo, buscou uma prancha e uma sacola biodegradável para entrar nas águas e salvar o pinguim. “Entrei no mar e fiquei lá um tempo. Eu colocava ele na prancha, ele pulava, mergulhava e sumia”, lembrou ele.
O surfista contou que um guarda-vidas viu as tentativas de resgate e entrou no mar para ajudá-lo. Juntos, conseguiram colocar o pinguim dentro da sacola e levá-lo para faixa de areia, na sexta-feira (5).
O Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) informou ter acionado o Instituto Gremar, que enviou uma equipe para buscar o animal. O g1 entrou em contato com a instituição para mais informações sobre o estado de saúde do pinguim, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
Espécie
A pedido da equipe de reportagem, o biólogo marinho Eric Comin identificou que o animal que o surfista resgatou com a ajuda do guarda-vidas. Segundo ele, trata-se de um pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus).
De acordo com o especialista, esta espécie é de médio porte, podendo medir entre 65 a 75 centímetros e pesar de 4,5 a 6 quilogramas. “É extremamente comum a ocorrência dele na nossa costa”, explicou Comin.
Ao encontrar um pinguim-de-magalhães, o biólogo orienta os banhistas a acionarem um órgão competente e não encostarem ou tentarem resgatar o animal. Principalmente, por conta da gripe aviária que ataca aves, mas também pode infectar os humanos.
Fonte: G1