EnglishEspañolPortuguês

AVANÇO

Suprema Corte da Bulgária mantém proibição de criação de animais para a indústria de pele

6 de setembro de 2025
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Patrick Reijnders/Wikipedia

Em um veredito histórico para o bem-estar animal, o Supremo Tribunal Administrativo (STA) da Bulgária manteve a proibição da criação de animais para extração de peles no país, reforçando uma decisão anterior do Tribunal Administrativo da Cidade de Sófia que bania essa prática cruel.

O veredito final, proferido em 11 de agosto de 2025, rejeitou o recurso da Farmpro OOD, empresa que operava a última criação de visons para pele do país. A decisão confirmou a legalidade da Portaria nº РД-449/31.05.2022, emitida pelo Ministro do Meio Ambiente e da Água, que proíbe a importação e criação de visons-americanos em território búlgaro sob a Lei da Biodiversidade.

Esta vitória judicial marca um passo significativo para acabar com uma das indústrias mais brutais. Os visons-americanos, a espécie mais comumente criada para pele na Europa, suportam condições horríveis. Imagens recentes de uma fazenda búlgara de visons (que já foi fechada) revelaram a triste realidade: animais amontoados em pequenas gaiolas de arame sujas, afligidos por feridas abertas, doenças de pele e angústia psicológica. As cenas mostravam visons mutilando a si mesmos ou a outros, com carcaças apodrecendo entre os vivos.

Com apenas sete meses de vida, essas criaturas belíssimas eram submetidas a uma morte cruel em câmaras de gás. Suas peles eram extraídas e vendidas em leilões de moda, onde se destinavam a se tornar roupas e acessórios de alto padrão.

A Associação de Campanhas e Ativismo pelos Animais na Indústria (CAAI, na sigla em inglês), que participou do processo judicial, aplaudiu a decisão. A CAAI observou que muitos países europeus já proibiram a criação de animais para pele, principalmente devido a preocupações com o bem-estar animal. Uma proposta para uma proibição legislativa total das fazendas de pele está atualmente pendente de análise no Parlamento Búlgaro, um passo que as organizações de proteção animal esperam que traga o fim legal permanente para esta indústria cruel.

A última fazenda de visons da Bulgária, que tinha capacidade para criar cerca de 129 mil visons por ano, encerrou suas operações em janeiro de 2025. Esta decisão judicial garante que a fazenda não reabrirá e estabelece um precedente que pode inspirar proibições mais amplas em toda a região.

Traduzido de World Animal News.

    Você viu?

    Ir para o topo