O Ibama entrou com ação na 3ª sessão da Justiça Federal solicitando autorização para abater e incinerar os galos. A decisão deve sair amanhã. As 140 aves foram apreendidas em uma rinha na região da Cerâmica Cil, na noite de domingo.
O superintendente do Ibama, Romildo Mafra, afirma que o juiz entrou em contato com o órgão justificando que teria um prazo de 48 horas para tomar a decisão sobre o destino porque quando os animais foram apreendidos, os donos dos galos entraram na justiça para terem as aves de volta.
Ainda não há medida definitiva sobre a questão, mas essa seria a única alternativa caso a Justiça negue recurso dos criadores, que tentam impedir o abate.
Mafra confirmou ter recebido informações de que pessoas teriam entrado com ações em Teresina para barrar a incineração, mas afirmou que nenhum comunicado oficial chegou ao Ibama, ao menos até o contato feito pelo Cidadeverde.com. Ele ouviu de veterinários nesta segunda-feira (17) que os galos não podem ser aproveitados para consumo humano ou animal, em função da quantidade de remédios e hormônios com eles encontrados durante a apreensão na Cerâmica Cil.
“Essa é uma possibilidade (incineração), mas ainda não definimos nada. Só devemos ter algo certo nesta terça-feira”, declarou o superintendente.
Os animais foram aprendidos em um sítio onde supostamente aconteceria o Campeonato Brasileiro de Rinha de Galo. A ação contou com apoio homens do Ibama, Polícia Militar Ambiental, e até da Polícia Federal. Mais de 200 pessoas estavam no local, e uma lista de nomes apreendida será investigada.
Fonte: Cidade Verde
Nota da Redação: Incinerar galos como se fossem papeis velhos e sem valor é a “brilhante” solução pensada pelo Ibama do Piauí para o destino de 140 aves inocentes e brutalmente exploradas. A atitude da superintendência do órgão demonstra o quanto algumas autoridades estão despreparadas e são tão crueis quanto os criminosos que promovem rinhas de galos. O Sr. Romildo Mafra trata os animais como se fossem meros produtos industrializados com prazo de validade vencido. Agir desse modo é assumir a violência dentro da administração pública. Violência é sempre violência, o que muda é a vítima. A vida, seja ela qual for, precisa ser respeitada e preservada. A possibilidade de incinerar os galos é inaceitável. A ironia desse caso é que os rinheiros entraram na justiça pela vida dos galos (claro que com interesses exploratórios).