Oito das 277 geleiras da Suécia derreteram completamente em 2024 devido ao aquecimento global e outras 30 estão em perigo, alertou nesta segunda-feira (22/09) a diretora da estação de pesquisa de Tarfala, na região norte do país escandinavo.
Kirchner e seus colegas da estação de Tarfala, localizada perto do Kebnekaise, a maior montanha da Suécia, estudam imagens de satélite das geleiras do país para monitorar sua evolução.
“No início de 2025, quando nos sentamos para fazer nossa revisão de 2024 (…), não conseguimos encontrar oito geleiras nas imagens de satélite”, disse a professora de glaciologia.
“A princípio, pensamos que havíamos cometido algum erro ou que algo havia escapado”, mas depois de revisar os dados duas vezes, a equipe chegou à conclusão de que “as oito geleiras haviam desaparecido”.
A maior geleira tinha o tamanho aproximado de seis campos de futebol. “2024 foi um ano extremamente quente. O calor derreteu as geleiras e provocou o desaparecimento”, disse Kirchner.
Estas foram as primeiras geleiras que desapareceram completamente na Suécia, pelo menos desde que foram introduzidas imagens de satélite de alta resolução por volta do ano 2000, explicou a cientista.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, 2024 foi o ano mais quente já registrado no planeta.
O uso em larga escala de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás) para a produção de energia desde a revolução industrial é o principal fator que impulsiona o aquecimento global causado pelo ser humano.