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"Subestimamos o derretimento": estudo aponta novo ponto de ruptura do gelo antártico

Aquecimento global afeta as camadas de gelo da Antártida, fazendo com que derretam e ameaçando um aumento do nível global do mar

27 de junho de 2024
Redação Um Só Planeta
2 min. de leitura
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Foto: Getty Images

Cientistas anunciaram a descoberta de um novo ponto de inflexão rumo ao “derretimento descontrolado” das camadas de gelo da Antártida, de acordo com um estudo publicado na terça-feira (25). Embora este tipo de derretimento tenha sido previamente estudado, os modelos utilizados pelo Painel Intergovernamental para a Mudança de Clima (IPCC) das Nações Unidas para projetar o impacto do aquecimento global no polo sul ainda não levam em conta este fenômeno, conforme os pesquisadores.

Os órgãos internacionais também subestimaram sistematicamente a perda de gelo observada até agora, afirma o estudo, publicado na revista Nature Geoscience. À medida em que a temperatura dos oceanos aumenta devido ao aquecimento global, as camadas de gelo da Antártida estão derretendo, ameaçando um aumento do nível global do mar e colocando comunidades costeiras em risco.

“O aumento da temperatura do oceano pode levar à passagem de um ponto de inflexão, além do qual a água do oceano penetra de forma ilimitada sob o manto de gelo, através de um processo de derretimento descontrolado”, aponta o estudo.

Os mantos de gelo da Antártida ficam no topo da rocha e se estendem além da costa para flutuar no mar. Estudos anteriores demonstraram que a água quente do mar está se infiltrando na “zona de aterramento” – onde a terra e o gelo se encontram – e mais para o interior, sob o gelo flutuante, informa a Agence France-Presse.

O risco para a subida do nível do mar surge quando o derretimento acelerado ultrapassa a formação de novo gelo no continente. Algumas áreas da Antártida são mais vulneráveis ​​a este processo do que outras devido à forma da massa terrestre, que possui vales e cavidades onde a água do mar pode se acumular sob o gelo.

Os modelos científicos precisam ser atualizados para ter em conta o elemento de derretimento, melhor prever o risco de aumento do nível do mar no futuro e preparar-se para isso, disseram os pesquisadores.

Fonte: Um Só Planeta

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